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Paulo Guedes entra na mira de Jair Bolsonaro Foto: AFP

A investida do presidente da República, Jair Bolsonaro, contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ao mudar o comando da Polícia Federal, não é a única frente de batalha que pode sinalizar uma profunda mudança do perfil do governo. De acordo com o blog da jornalista Ana Flor, da Globo News, nos últimos dias, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também entrou na linha de tiro do presidente e seu núcleo mais próximo. Guedes foi atropelado por um anúncio de um plano de obras de infraestrutura que irá pressionar os gastos públicos, o Pró-Brasil. Guedes também tem visto cada dia mais dividido o papel de conselheiro econômico do presidente, até recentemente exclusivo seu. O presidente tem ouvido cada vez mais o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Bolsonaristas também têm comandado ataques ao ministro da Economia nas redes sociais e na imprensa. Segundo dois assessores próximos ao presidente da República, Bolsonaro gosta de Guedes, mas acredita que a saída para a crise causada pela pandemia do coronavírus é o investimento público, com a entrada pesada do Estado patrocinando a retomada econômica e a geração de empregos. O que a equipe liberal do Ministério da Economia não concorda. Até pouco tempo atrás, era impensável imaginar o governo Bolsonaro sem dois dos seus pilares fundamentais: os superministros Sergio Moro e o Paulo Guedes. Segundo uma importante liderança do Congresso Nacional, Bolsonaro passou o primeiro ano “aprendendo” a ser presidente. Agora, se sentiria confortável para dispensar quem acredita não estar mais de acordo com sua linha de pensamento.

Impactos na renda são uma das sequelas deixadas pela crise causada pela pandemia de coronavírus. Com as medidas de isolamento social recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), imposta pelos estados e municípios, os efeitos começam a ser sentidos pelos brasileiros e afetam os padrões de consumo. Segundo um levantamento feito pelo Google na última semana de março, quando decretos para o fechamento de comércio e serviços não essenciais já estavam em vigor, 70% dos entrevistados disseram ter tido algum grau de diminuição de renda, o que afetou também no consumo. De acordo com o estudo, 30% diminuiu o consumo de um dos itens mais básicos: a comida, em detrimento a queda dos rendimentos. Segundo o levantamento feito com 1.500 internautas, a queda nos padrões de consumo aconteceu porque 70% dos entrevistados sentiu algum impacto na renda, seja de menor ou maior escala. Com isso, 45% afirmaram reduzir o consumo de supérfluos (reflexo visto nas vendas da Páscoa, por exemplo, que afundaram) e planos que exigem mais investimento financeiro também saíram do radar. 26% desistiram de comprar celular e 31% que pretendiam comprar carro abandonaram seus planos. Segundo a Veja, o levantamento destaca ainda que muitos tiveram seus rendimentos reduzidos e 39% dos entrevistados estão compartilhando sua renda de alguma maneira com uma ou mais pessoas. Entre os entrevistados das classes D e E, esse número sobe para 45%.

O governo debate um plano de reativação da economia para o período posterior à pandemia do coronavírus que tem como base um pacote de obras públicas de grande porte e de concessões, com potencial para criar milhares de empregos. Obras de infraestrutura que exigirão muito dinheiro do governo. As cifras citadas por ministros chegam a R$ 100 bilhões. De acordo com o G1, a ideia de impulsionar o crescimento do país com dinheiro público é velha ferramenta dos governos, em especial daqueles que apreciam políticas fiscais expansionistas, mas se choca com uma das principais bandeiras da equipe econômica atual: a da responsabilidade fiscal. O novo plano do governo, batizado de Pró-Brasil, será capitaneado pelos ministérios da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional. Mais de 50 grandes obras estão em estudo. Concessões também estão na mira do governo, mas atrair dinheiro de fora será uma difícil tarefa em um mundo que tenta se recuperar da pandemia. A equipe econômica tem lutado para manter os gastos da crise do coronavírus restritos a 2020. O Tesouro já fala em um déficit para este ano de R$ 600 bilhões. Será difícil segurar os gastos maiores nos próximos anos com um pacote de obras calcado no investimento público. Outro cálculo que o governo terá que fazer é o da manutenção do teto de gastos, a âncora fiscal que sinaliza aos investidores do Brasil e de fora que há compromisso com o equilíbrio das contas. Sem o teto, dizem economistas de dentro e fora do governo, todo os ganhos dos últimos anos, como os juros baixos, podem ser perdidos em questão de meses.

O dólar opera em alta nesta quarta-feira (22), na retomada dos negócios após o feriado da véspera, após dois dias de forte aversão a risco nos mercados globais devido ao 'crash' dos preços do petróleo, enquanto os investidores voltavam as atenções para possíveis medidas de estímulo para mitigar o impacto econômico do coronavírus. De acordo com o G1, às 12h18, a moeda norte-americana era vendida a R$ 5,3939, em alta de 1,62%. Na máxima do dia até o momento, chegou a R$ 5,3959 - nova cotação nominal recorde durante os negócios. O Banco Central realiza nesta quarta-feira leilões de swap tradicional de até 10 mil contratos com vencimento em setembro de 2020 e janeiro de 2021. Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 1,33%, a R$ 5,3078, com os preços do petróleo dos Estados Unidos desabando.

Petrobras reduz preço do diesel em 6% e gasolina em 8% Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Petrobras voltou a reduzir o preço da gasolina e do diesel nas refinarias, desta vez uma semana após a queda anterior, numa baixa 8% e 4%, respectivamente, na última terça-feira, 21. No caso do diesel, a baixa é válida para o S10 e o S500. O último reajuste havia sido no dia 14 de abril, quando a empresa derrubou em 8% o preço da gasolina e do diesel em 6%. A iniciativa está relacionada ao impacto econômico da pandemia causada pela Codiv-19, nome do novo coronavírus, que tem abalado os mercados ao redor do globo, especialmente o petróleo, e levado entidades a revisarem projeções da economia global em 2020.

'Vamos surpreender o mundo', diz Paulo Guedes sobre retomada econômica Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (20) que a recuperação econômica, após a crise do novo coronavírus, será em “V”, com retomada tão rápida quanto a queda. “Vamos surpreender o mundo”, garantiu o ministro. Para Guedes, não se pode deixar que a economia entre em uma grande depressão. Na avaliação dele, o Brasil tem tomado medidas melhores ou iguais que a de outros países, inclusive países avançados. “Todo dia tem barulho, mas Brasil está avançando e progredindo”, disse ele em entrevista para o banco BTG Pactual. Na visão do ministro, as hipóteses do governo para os efeitos econômicos do novo coronavírus, quando ainda se pensava que o choque seria apenas no comércio exterior, se revelaram razoáveis após os primeiros dados da balança comercial. “As exportações brasileiras não caíram ainda, estão subindo. A queda das exportações para Europa, de 1%, para EUA, de 30%, e para Argentina, de 30%, foi compensada pelo aumento acelerado das exportações para China”, disse o ministro, em entrevista ao vivo no canal do BTG Pactual no Youtube. Segundo Guedes, a ficha caiu entre fim de fevereiro e início de março, de que o coronavírus seria uma pandemia que afetaria também o Brasil. “Disparamos medidas imediatamente”, disse o ministro, que afirmou que aumentou o número de beneficiários do Bolsa Família. “Havia fila no Bolsa Família, porque sempre há fraude, mas mandamos incluir todos imediatamente”, afirmou.

'Preservar os sinais vitais da economia não significa sair do isolamento agora', diz ministro da economia Foto: Jorge William/Agência O Globo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira que preservar o que chama de “sinais vitais” da economia não significa sair do isolamento social agora. Para ele, porém, é preciso programar a saída dessa situação, decretada por governadores e prefeitos para conter o avanço da Covid-19. “A economia vem com mais força do que está se pensando porque ela já estava começando a se mover. E se nós preservamos os sinais vitais vamos sair. Preservar os sinais vitais da economia não significa sair do isolamento agora. Não significa isso. Significa fazer a coisa programada, fazer direito, fazer no devido tempo”, disse Guedes, em transmissão ao vivo de uma instituição financeira. Em seguida, Guedes afirmou que os sinais vitais da economia, como abastecimento, estão preservados, mas a situação está “crítica”. “Os sinais vitais ainda estão preservados. A coisa está ficando crítica. Realmente está ficando crítica. Não sabemos quanto tempo segue o isolamento e não sabemos quanto tempo aguenta a economia”. Citando previsões do Ministério da Saúde que apontam que a curva de contaminação começará a cair em julho, questionou: “A economia aguenta mais dois meses com isolamento? Essa é que a pergunta”. Para o ministro, há duas dimensões: cuidar da saúde e da economia. “Esse é o ponto futuro (sair do isolamento). Está acontecendo na China, os governos lá fora estão começando a planejar a saída. Nós temos que pensar isso também. São duas dimensões. Tem que pensar as duas dimensões”, acrescentou.

O governo federal anunciou algumas medidas econômicas para ajudar o agronegócio durante a crise do coronavírus. O setor, considerado essencial, não parou. O abastecimento segue garantido, de acordo com o Ministério da Agricultura, e as exportações continuam crescendo. O agronegócio envolve diversas atividades e nem sempre o remédio adotado é o mesmo. Para grandes produtores, o governo buscou dar fôlego financeiro, como o prolongamento de dívidas. Mesma situação para as agroindústrias. Para pequenos e médios, o apoio virá com novas linhas de crédito e injeção direta de dinheiro, como o aumento das compras públicas de alimentos, o que garante que este agricultor vai ter comprador mesmo se procura dos consumidores cair. As medidas anunciadas até agora são: Prorrogação de dívidas de crédito rural; Governo comprará R$ 500 milhões da agricultura familiar; Novas linhas de crédito para pequenos e médios produtores; Financiamentos para cooperativas e cerealistas; Antecipação de benefício social para atingidos pela seca; Manutenção da merenda escolar fora do período de aulas; Incra prorroga prazo de pagamento de títulos por 60 dias.

Governo propõe salário mínimo de R$ 1.079 em 2021 Foto: Divulgação

O salário mínimo de 2021 deve ser de 1.079 reais, propôs o governo federal no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do ano que vem, divulgado nesta quarta-feira, 15, pela área econômica. O valor atual é de 1.045 reais. O reajuste na casa de 3,19% é o projetado para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (INPC). Assim como neste ano, o reajuste do mínimo não prevê ganho real, apenas a reposição inflacionária. De acordo com a Veja, o valor do piso nacional para 2021, entretanto, deve sofrer diversos reajustes durante esse ano e pode ser ainda menor. Isso porque, com a queda da demanda devido a crise do coronavírus, a inflação pode ficar mais baixa que os 3,19% projetados pelo governo. Por isso, o reajuste seria menor. No Projeto de Diretrizes Orçamentárias, o governo projeta o IPCA, a inflação oficial do país em 3,05%. Projeções do mercado financeiro, no entanto, estimam a inflação oficial em 2,52%. O projeto de lei apresentado leva em conta parâmetros da economia apresentados em março, porém, com o avanço da pandemia, a desaceleração deve ser maior do que o previsto. O PIB projetado no PL, por exemplo, é de 0,02%, o mercado financeiro prevê queda de 1,96% e entidades internacionais, como o FMI, projetam queda na casa dos 5%. O salário mínimo é ajustado, todos os anos, por um decreto do presidente, e o novo piso passa a valer em 1º de janeiro. A autorização é feita com base em uma projeção da inflação.

Petrobras reduz preço do diesel e da gasolina nas refinarias Foto: Paulo Fridman/Getty Images

A Petrobras anunciou uma nova redução dos preços dos combustíveis nas refinarias a partir desta quarta-feira, 15. O corte ocorre num momento em que as cotações do petróleo no mercado internacional estão em queda abrúpta com o avanço do surto de coronavírus no mundo e com a desaceleração da economia global. De acordo com a companhia, o preço médio do litro da gasolina terá queda de 8%, passando a custar 0,99 centavos de real por litro, e o do diesel, de 6%, para 1,50 real. No acumulado deste ano, a gasolina já sofreu redução de 48,2% e o diesel de 35,4% nas refinarias. De acordo com a Veja, os preços do petróleo no mercado internacional já caíram mais de 50% neste ano, na medida em que o avanço do coronavírus impulsionou  a queda da demanda global. Os grandes países produtores da commodity fecharam um acordo no início desta semana para um corte histórico de oferta, porém a medida ainda é vista como insuficiente para eliminar preocupações relacionadas à interrupção da demanda causada pela pandemia. E assim, os preços voltaram a cair nesta terça-feira, 14.

Analistas do mercado financeiro reduziram, mais uma vez, a previsão para a economia brasileira em 2020. O Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 deve contrair -1.96% de acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 13, pelo Banco Central. Esta é a nona vez consecutiva que os especialistas revisam para baixo o crescimento econômico e a terceira em que há expectativa de recessão. Na semana passada, a estimativa era de contração de 1,18% ao final de 2020. De acordo com a Veja, no início do ano, quando a pandemia do coronavírus estava concentrada na China e não se sabia o certo quando e como chegaria ao Brasil, os especialistas estimavam crescimento do PIB casa dos 2,3%. A recessão do PIB brasileiro não ocorre desde 2016, ano do impeachment de Dilma Rousseff, quando a economia caiu 3,3%. Nos últimos três anos, o crescimento tem sido na casa de 1%, sendo 1,3% em 2017 e 2018 e 1,1% no ano passado. A projeção do mercado financeiro é menos pessimista que a expectativa do Banco Mundial, que prevê contração de 5% na economia brasileira para este ano.

A Caixa Econômica Federal anunciou que os novos contratos de financiamento imobiliário fechados a partir da próxima segunda-feira (13) terão carência de seis meses para o pagamento. Durante esse tempo, as pessoas físicas não precisarão pagar as parcelas. Em anúncio feito por meio de uma rede social, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, informou que, para contratos imobiliários antigos de pessoas físicas, permanece o prazo de suspensão de até 3 meses para o pagamento das prestações. De acordo com ele, porém, esse prazo pode ser esticado caso a crise se agrave. “Há um compromisso nosso que, se houver uma crise mais forte, nós avaliaremos estender para quatro meses [o prazo de suspensão de pagamento]”, declarou. Para ter direito, os clientes devem procurar o banco e solicitar a suspensão.

Em meio à crise, governo libera saques de R$ 1.045 do FGTS a partir de junho Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo federal vai liberar uma nova rodada de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Trabalhadores poderão sacar um salário mínimo (1.045 reais) de contas ativas e inativas do FGTS. A autorização foi publicada em uma medida provisória na noite de terça-feira, 7. A movimentação extra do fundo será permitida entre os dias 15 de junho e 31 de dezembro. A medida vinha sendo estudada pelo governo para estimular a economia durante a pandemia do coronavírus. De acordo com a Veja, diferente do saque imediato, que se encerrou no fim de março, a nova rodada de liberação do FGTS tem limite por trabalhador. Ou seja, quem tem mais de uma conta no FGTS terá um limite de 1.045 reais para sacar. Para quem se encaixa nesta hipótese, a MP prevê uma ordem: primeiro a liberação de contas vinculadas de contratos extintos, ou seja, de empregos passados do trabalhador, com início pela que tiver o menor saldo. Depois, as demais contas vinculadas. Os saques serão efetuados conforme cronograma e critérios estipulados pela Caixa Econômica Federal. Segundo a MP, quem tem conta no banco terá crédito automático. Titulares de outras instituições financeiras também podem solicitar débito em conta. Como se trata de uma MP, a operação tem aplicação imediata, mas precisa ser aprovada pelo Congresso em 120 dias.

Ronaldinho Gaúcho e irmão pagam fiança milionária e vão para prisão domiciliar Foto: Reprodução/Repollera

Depois de passar 32 dias em uma cadeia de Assunção, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis conseguiram nesta terça-feira a mudança de regime para prisão domiciliar. Eles passarão a viver em um hotel na capital do Paraguai, enquanto esperam o desenrolar do processo ao qual respondem por terem entrado no país com documentos adulterados, no início de março. A defesa dos irmãos declarou que tentarão agora a liberação definitiva de Ronaldinho e Assis. A decisão de reversão da prisão dos dois foi do juiz Gustavo Amarilla, em uma audiência realizada em Assunção. Os dois brasileiros já tinham tido três recursos negados no processo. A defesa ofereceu uma caução de 1,6 milhão de dólares (R$ 8,3 milhões), que já foram depositados no Banco Nacional de Fomento. O valor foi pago em juízo, como garantia de que os dois brasileiros não deixarão o hotel. Em caso de fuga, o dinheiro será resgatado pela Justiça paraguaia.

Gastos com combate ao coronavírus elevam déficit público a R$ 419 bilhões Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Ministério da Economia divulgou dados preliminares sobre os impactos do coronavírus (Covid-19) para as contas públicas, em coletiva de imprensa realizada na noite desta quinta-feira, 2. O secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues, avalia que os impactos no déficit primário, quando não se consideram juros, chegará a 419 bilhões de reais ao final do ano. Segundo o governo, o impacto das medidas de estímulo à economia e de combate à doença somam 224 bilhões de reais. A meta estipulada antes da Covid-19 atingir em cheio a economia do país era de 124 bilhões de reais e o otimismo do secretário impressionava. Em entrevista ao jornal Valor Econômico em novembro, Rodrigues projetava um déficit “bem menor”, graças à redução dos juros e estimativa de receitas mais gordas, além da expectativa pela aprovação das reformas e atração de investidores. Os valores projetados pelo secretário somam o maior rombo já registrado na história. De acordo com ele, os números ainda poderão ser revisados, com novos possíveis (e prováveis) gastos do governo para conter a pandemia e manter empregos e renda. De acordo com a Veja, o auxílio de 600 reais, ainda não sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, a informais custará 98 bilhões de reais às contas públicas, segundo estimativas da Secretaria de Fazenda. Já o programa, estipulado por medida provisória, que prevê a redução de salários e de jornada dos trabalhadores da iniciativa privada custará 51,2 bilhões de reais, visto que o governo arcará com até 70% dos vencimentos para que as empresas não demitam. Já o programa de crédito para estados e municípios tem impacto previsto de 34 bilhões de reais, enquanto a recomposição dos fundos estaduais e municipais, para auxiliar nos sistemas de saúde — demanda dos governadores — custará 16 bilhões de reais. Segundo os dados detalhados do Ministério da Economia, as contas do Governo Federal terão impacto de 2,2 bilhões com a suspensão de impostos sobre equipamentos médico-hospitalares e 7,1 bilhões de reais ao abrir mão da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF, para que a população e empresas obtenham crédito.

Analistas do mercado financeiro já preveem recessão econômica no Brasil devido ao avanço do novo coronavírus. A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 é de -0,48%. Na semana passada, a estimativa era de crescimento na casa do 1,48%. Os desafios provocados pela pandemia e as medidas necessárias para evitar sua propagação, como o distanciamento social e fechamento de setores não essenciais — seguindo recomendação de autoridades de saúde, como a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) –, já impactam a economia global, o que o mercado financeiro também prevê que ocorrerá no Brasil. De acordo com a Veja, os dados estão no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 30, pelo Banco Central. Esta foi a sétima vez consecutiva que economistas revisaram o PIB. No início do ano, os especialistas estimavam crescimento na casa dos 2,3%. Na semana passada, o Banco Central revisou a estimativa, com um PIB estagnado em 2020. A previsão atual do Ministério da Economia também é de economia parada, de 0,02% neste ano. A recessão do PIB brasileiro não ocorre desde 2016, ano do impeachment de Dilma Rousseff, quando o PIB caiu 3,3%. Nos últimos três anos, o crescimento tem sido na casa de 1%, sendo 1,3% em 2017 e 2018 e 1,1% no ano passado. Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde divulgados no domingo, 136 pessoas já morreram no Brasil em decorrência da Covid-19, nome da doença causada pelo novo coronavírus. Ao todo, 4.256 casos foram confirmados no país.

Petrobras reduz preço da gasolina em 5% e o do diesel em 3% nas refinarias Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Petrobras reduzirá o preço médio da gasolina em 5% e o do diesel em 3% nas refinarias a partir deste sábado (28), informou a companhia. Segundo a estatal, o preço médio da gasolina passa a ser de R$ 1,08 por litro - o menor desde 31 de outubro de 2011. A redução ocorrerá em meio a um tombo dos preços de petróleo e derivados por impactos da expansão do coronavírus e de uma guerra de preços entre grandes produtores globais da commodity. É a segunda redução no preço da gasolina esta semana, e a primeira no diesel. Na quarta-feira, o preço da primeira foi reduzido em 15% nas refinarias. Com isso, no acumulado do ano a redução do preço da gasolina é de 43,5%. Já no caso do diesel, é de 31,3%. O repasse de ajustes dos combustíveis nas refinarias para o consumidor final nos postos não é imediato e depende de diversos fatores, como consumo de estoques, impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis, lembra a Reuters.

Para compensar gastos, governo quer cortar 25% do salário do serviço público até 2024 Foto: Reprodução

O governo trabalha na elaboração de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a redução em 25% dos salários e da jornada de trabalho dos servidores públicos federais de todos os Poderes, de acordo com a minuta do projeto ao qual jornal O Globo teve acesso. O dinheiro poderia ser direcionado para ações de combate ao coronavírus na área da saúde. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem cobrado do governo que a proposta de reequilíbrio fiscal diante da crise provocada pela pandemia deve ser de iniciativa do Executivo. Se a PEC que está sendo elaborada pelo Planalto para ser enviada ao Congresso for aprovada pelos parlamentares, passará a valer imediatamente e a redução dos salários permanecerá vigente até o fim de 2024. A redução dos salários não seria válida, no entanto, para os funcionários públicos com salários mais baixos. Também não valeria para estados e municípios. Mas parlamentares e juízes poderiam entrar no corte de contracheques.

Coronavírus: Bahia deve perder R$ 1,5 bilhão em arrecadação por causa do comércio fechado Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Secretaria da Fazenda da Bahia (Sefaz) estima que o estado perderá R$ 1,5 bilhão da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por causa das medidas de fechamento dos comércios durante a pandemia do coronavírus. A previsão é referente ao período de abril a junho. Esse prejuízo deve refletir, principalmente, nos pequenos e microempresários, que são maioria no comércio baiano. De acordo com o G1, com a economia parada, não faltam preocupações aos empresários, como o pagamento de impostos, aluguel, fornecedores e, principalmente, os funcionários.

Conect Sol é a solução para economia nas suas contas de energia

A empresa de engenharia e consultoria Conect Sol trabalha com projetos, estrutural e elétrico, para instalação de energia solar. A mudança garante uma grande economia no valor das contas de energia. Entre agora mesmo em contato com os representantes da empresa para saber mais sobre os benefícios da energia solar e encomendar um orçamento. Os telefones são: (77) 99907-9149 (suporte técnico) ou (71) 99402-1024 (comercial).

 Dívida pública sobe 1,22% e chega a R$ 4,28 trilhões Foto:Marcelo Sayão/Veja

A dívida pública federal subiu 1,22% em fevereiro sobre janeiro, a 4,281 trilhões de reais, informou nesta quarta-feira, o Tesouro Nacional nesta quarta-feira, 25. Em janeiro, a dívida somava 4,229 trilhões de reais. De acordo com a Veja, em apresentação divulgada à imprensa, o Tesouro destacou que, em março, os mercados internacionais operam com aversão ao risco diante de preocupações com impactos econômicos do coronavírus e crise do petróleo. “Devido às incertezas internas e externas, juros locais operaram com volatilidade, sem referência de preço”, disse o Tesouro. A partir disso, o Tesouro afirma que pode realizar leilões extraordinários de compra e venda de títulos públicos para “fornecer suporte” ao mercado.

Após cortes, governo destinará R$ 3 bilhões ao Bolsa Família Foto: Anderson Schneider/Veja

Após sofrer críticas pelos cortes realizados no Bolsa Família, o governo prepara uma Medida Provisória que abrirá crédito extraordinário de 3 bilhões reais para o programa social. O objetivo é conceder o benefício a mais de 1 milhão de famílias que estão em condições vulneráveis para enfrentar a crise provocada pela pandemia. A medida do governo será enviada ao Congresso após o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, ter proibido ontem novos cortes no Bolsa Família. De acordo com a Veja, o magistrado atendeu ao pedido de sete governadores do Nordeste que contestaram a redução de 158 000 benefícios, sendo 61% na região. “Os dados sinalizam a tese jurídico veiculada e o dano de risco irreparável a ensejar desequilíbrio social e financeiro, especialmente considerada a pandemia que assola o país”, escreveu o ministro em decisão liminar. Os novos recursos para o Bolsa Família fazem parte de um crédito extraordinário no valor de 5 bilhões de reais que o governo destinará a cinco ministérios. Esse dinheiro deverá ser investido na aquisição de equipamentos para a unidades de terapia intensiva, no desenvolvimento de pesquisas da pandemia, na assistência aos brasileiros no exterior e no apoio das Forças Armadas em ações de combate à doença. De acordo com técnicos do ministério da Economia, a medida emergencial é necessária para conter a propagação dos casos de infecção pelo Covid-19 no Brasil.

Petrobras reduz preço da gasolina em 15% Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Petrobras anunciou que vai reduzir em 15% o preço da gasolina em suas refinarias nesta quarta-feira (25). Em relação ao óleo diesel, não haverá alteração. A decisão da estatal vem na esteira da forte desvalorização que o petróleo vem apresentando no mercado internacional. No início do ano, ele era negociado a US$ 66,36. Na última segunda, fechou a 27,59. No ano, a desvalorização da commodity é de 58,7%. 

Coronavírus: Aneel suspende cortes de energia por não pagar Foto: Reprodução

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu nesta terça-feira (24) suspender os cortes no fornecimento de energia elétrica motivados por falta de pagamento dos consumidores. A medida vale por 90 dias, pode ser alterada e foi adotada em razão da crise na economia provocada pela pandemia do novo coronavírus. De acordo com o G1, pela decisão, a suspensão vale para todas as residências urbanas e rurais e para os serviços considerados essenciais, como hospitais. A medida já vinha sendo defendida por entidades de proteção dos direitos dos consumidores como uma forma de ajudar as famílias. O relator do processo, o diretor Sandoval Feitosa, destacou que a medida não isenta os consumidores do pagamento, mas serve para garantir a continuidade do fornecimento para quem não tiver condição manter as faturas em dia. “Rogo a todos brasileiros que possam pagar no prazo a suas faturas que o façam. Isso permitirá que possamos abraçar as pessoas que não possam pagar as contas de energia”, afirmou. No voto, Feitosa afirmou ainda que o fornecimento de energia elétrica é essencial para manter os brasileiros em suas casas. O processo foi votado em reunião extraordinária.

O adiantamento do 13º salário de aposentados, pensionistas e outros segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), será pago nos meses de abril e maio. A confirmação das datas de antecipação está na medida provisória 927, que prevê uma série de dispositivos para mitigar efeitos para a economia causados pelo novo coronavírus e que autorizou a suspensão de contratos de trabalho por até quatro meses. De acordo com a Veja, o pagamento da primeira parcela ocorrerá entre os dias 24 de abril e 8 de maio de 2020. Nesta parcela, não há desconto de Imposto de renda. A segunda parte do abono será entre 25 de maio e 5 de junho. O pagamento aos beneficiários seguirá a mesma ordem dos depósitos mensais de aposentadorias, pensões e auxílios. Segurados que ganham salário mínimo começam a receber primeiro, já na última semana do mês. Para segurados que ganham acima do piso, os depósitos da primeira e da segunda parcelas do abono são feitos na semana seguinte.  Trabalhadores que recebem auxílio-doença e salário-maternidade terão o 13º salário calculado conforme a data de cessação do benefício prevista. Cada parcela da gratificação tem o potencial de injetar cerca de 23 bilhões de reais na economia do país, distribuídos entre aproximadamente 35 milhões de beneficiários. Tradicionalmente, a primeira parcela do 13º salário do INSS é antecipada para setembro e a segunda é paga em dezembro.

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