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Economia
Mercado derruba previsão do PIB de 2020 de 1,99% para 1,68% Foto: Victor Moriyama/Getty Images

Analistas do mercado financeiro reduziram para 1,68% a previsão de crescimento da economia em 2020, segundo dados do Boletim Focus desta segunda-feira, 16. O corte expressivo ocorre após a disseminação do novo coronavírus ter sido classificada na semana passada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde e com o grande aumento de números de casos no país, que tem 200 confirmados, segundo o Ministério da Saúde. A previsão anterior de analistas do Banco Central era de 1,99%, na semana passada. Tanto a disseminação da Covid-19 quando as medidas tomadas por governos mundiais geram tensão sobre o impacto econômico que a doença pode ter. Esta foi a quinta vez consecutiva que economistas revisaram a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Na semana passada, o Ibovespa, principal indicador econômico do país, mostrou o pânico dos investidores com o avanço da pandemia. A bolsa chegou a ter os negócios interrompidos por quatro vezes na última semana, o chamado ‘circuit breaker’. No início do ano, o crescimento do PIB era estimado em 2,31%. Mesmo apesar dos sucessivos cortes, a economia este ano ainda deve crescer mais que nos últimos três anos.  Em 2019, a economia avançou 1,1%, pouco abaixo que em 2018 e 2017, quando o crescimento foi de 1,3%.

Pacote econômico contra o coronavírus terá R$ 147,3 bilhões Foto: Reprodução/GloboNews

O Ministério da Economia anunciou nesta segunda-feira (15) novas medidas para reduzir os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus. Segundo o governo, serão empregados R$ 147,3 bilhões em medidas emergenciais para socorrer setores da economia e grupos de cidadãos mais vulneráveis, além de evitar a alta do desemprego. Desse valor, R$ 83,4 bilhões devem ser destinados à população mais pobre e/ou mais idosa. Ao apresentar as medidas, Guedes afirmou que o sistema econômico responde a esse tipo de pandemia de forma similar ao corpo humano. “Igualzinho esse coronavírus, afeta mais as fatias mais vulneráveis. Os mais idosos são mais vulneráveis porque a defesa imunológica é mais baixa”, disse ao G1. “A economia é igual. Uma economia resiliente, com a parte de fundamentos fiscais no lugar, estrutura firma, reformas estruturantes, ela mantém a resiliência e fura essa onda. O Brasil está começando a reaceleração econômica, aí vem uma turbulência e ele tem condições de ultrapassar isso. São três, quatro meses”. Para os idosos, a principal medida anunciada pelo Ministério da Economia é a antecipação das duas parcelas do 13º de aposentados e pensionistas. Elas são pagas em abril e maio deste ano, liberando R$ 46 bilhões na economia. Pelo cronograma tradicional, essas parcelas seriam pagas em agosto e dezembro. Já para a população mais pobre, o governo informou que vai liberar cerca de R$ 3 bilhões para o Bolsa Família. O valor corresponde à inclusão de mais 1 bilhão de famílias entre os beneficiários – o governo não detalhou se haverá mudança nos critérios de renda para essa adesão. A ideia é que os R$ 147,3 bilhões sejam injetados na economia nos próximos três meses. A lista completa inclui medidas que já foram anunciadas desde a última sexta (12), e novas iniciativas divulgadas nesta segunda.

Economia em épocas de crise: Como o Convid-19 pode afetar nossa economia

O crescimento a que estávamos assistindo na economia brasileira poderá sofrer com o impacto do Coronavírus. Existem vários números que apontam para o potencial nocivo do Convid-19 no país e em sua economia. Os desafios da economia brasileira são bem antigos e a realidade nacional tem feito com que se sintam mudanças progressivas mas intensas na forma como os brasileiros vivem suas profissões e seus dias. As mudanças do cotidiano do povo brasileiro são motivadas pelas tecnologias digitais e também por cenários ainda bem evidentes de desemprego e de salários insuficientes face à inflação.

Procurando alternativas para conquistar vidas mais dignas, os brasileiros se tornaram verdadeiros empreendedores. A criação de empresas, ainda assim, motivou o aparecimento de outros desafios, tais como a concorrência intensa entre lojas online. Os desafios do mundo real e do mundo virtual podem, por norma, se solucionados com trabalho, criatividade e a busca pela melhor estratégia de captação de clientes. Ainda assim, essa fórmula não tem efeito quando o problema que surge é inesperado e tem impacto direto na forma como decorrem os dias de todos. O aparecimento do Coronavírus e a sua letalidade tem gerado muitas preocupações. Embora as questões de saúde sejam as mais prementes, exigindo a aplicação de medidas diversas, incluindo planos de contingência, quarentenas e trabalho remoto; a verdade é que o impacto dessas mesmas medidas é o que pode vir a criar situações complexas para a economia do nosso país. Venha saber a situação atual do Brasil e descobrir como o Convid-19 pode afetar nossa economia.

A visão do Governo sobre o impacto do Coronavírus na economia

Analisando o potencial de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, o Governo revisou a projeção, anteriormente de 2,4%, alterando-a para 2,1%. A razão dessa mudança esteve relacionada com os efeitos do Convid-19 na economia.

O Ministério da Economia, no seu Boletim Macrofiscal afirmou que a ausência de previsão sobre o tempo e a dimensão do problema geram muitas incertezas quanto à economia do país, sendo possível que esse impacto se venha a sentir a vários níveis na economia brasileira.

O próprio Governo apresentou uma lista onde constam vários problemas potenciais que podem ser derivados da situação que, atualmente, ocupa os mídia.

Essas preocupações são justamente aquelas que obrigaram à revisão da previsão sobre o PIB para 2020, criando uma visão menos positiva do potencial de crescimento da economia brasileira.

Os potenciais problemas do Coronavírus ao nível econômico

Olhando para a situação da economia atual e para a forma como o Coronavíruas poderá afetar internacionalmente as transações, o Governo brasileiro apontou, no Boletim Macrofiscal, que uma das grandes preocupações atuais é a redução das exportações dos produtos brasileiros devido ao medo do contágio via exportação.

Os termos da troca, nessas circunstâncias, podem motivar uma redução nos preços dos produtos, o que gerará menos riqueza. Além disso, a par com a desvalorização dos produtos brasileiros, a necessidade de importação fará com que os produtos adquiridos fiquem mais dispendiosos. Assim, por um lado, o Brasil perderá rendimentos de exportação e, por outro, ficando dependente de importações mais caras, despenderá montantes mais elevados.

Além disso, como já aconteceu em algumas fábricas brasileiras, a ausência de matérias primas – muitas das quais eram produzidas por fábricas atualmente paradas nos países de maior impacto, como a China – pode levar alguns setores a interromper a sua carreira produtiva. De recordar que algumas empresas tiveram a necessidade de dar férias coletivas a seus trabalhadores por incapacidade de manter seus trabalhos na ausência de peças específicas.

Também a maior dificuldade na deslocação de pessoas e de bens pode ter um impacto, não apenas por complexificar a troca comercial e as reuniões laborais mas porque terá um impacto em setores específicos, como é o caso de uma das maiores fontes de renda brasileiras: o turismo.

A quebra no turismo afetará empresas diversas, que trabalham direta ou indiretamente com o setor, fazendo com que grandes empresas – como companhias aéreas – e pequenas empresas - como aquelas que vendem produtos de viagens ou as pequenas lojas de produtos para viajantes - acabem por ver reduzida a sua atividade, o seu lucro e a sua contribuição para o geral da economia brasileira, através do pagamento de impostos.

Mercado artístico e Convid-19

Os eventos que têm sido desmarcados também colocam em risco econômico quem trabalha num regime de freelancer.

Esses profissionais estão diretamente dependentes do trabalho para poderem obter rendimentos, pelo que o trabalho remoto poderá ser impossibilitado.

Aqui falamos, particularmente, de freelancers cuja atividade implica deslocações ou espaços preenchidos de pessoas – como cantores, formadores, atores e outros.

Esse tipo de profissional encontra, nas medidas tomadas para a proteção, um impacto direto na sua economia que, mais tarde, se traduzirá também, de forma mais generalizada, na economia nacional.

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Bahia é a oitava maior produção de grãos do país Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia

Na segunda estimativa de 2020, a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas espera aumentar 6,1% em relação à safra de 2019, em que obteve 8.283.660 toneladas. De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de fevereiro, divulgado ontem (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado é a oitava maior produção de grãos do país, respondendo por 3,5% do total nacional. Ainda de acordo com o levantamento, em janeiro os números chegaram a 8.569.934 toneladas. Desse modo, houve em fevereiro, uma revisão para cima na previsão da safra de grãos do estado de 2,5% ou mais, com 215.997 toneladas de um mês para o outro. Segundo o IBGE, a produção de soja foi responsável por esse maior aumento previsto na produção baiana de grãos, com 5,522 milhões de toneladas, chegando a 3.450 kg por hectare em 2020, ocupando assim, o lugar de maior safra do estado. Em terceiro lugar de rendimento que levou à revisão para cima na estimativa de produção, foi o algodão herbáceo. A safra estimada para 2020 é de 1,520 milhão de toneladas, 1,0% acima do previsto em janeiro, onde teve 1,505 milhão de toneladas e 1,7%, 26 mil toneladas acima do colhido em 2019, que colheu 1,494 milhão de toneladas. Com a melhora na estimativa de produção de soja, o feijão 1ª safra passou, em fevereiro, a ser o principal destaque negativo dentre os grãos baianos, sustentando uma previsão de safra 2020, 6% menor que a de 2019, que obteve 137,3 mil toneladas neste ano frente a 172,8 mil toneladas no ano passado. O IBGE explica que, para o Brasil como um todo, a estimativa de fevereiro para a safra de grãos 2020 alcançou mais um recorde na série histórica do órgão, chegando a 249,0 milhões de toneladas, 3,1% superior à de 2019, que foi de 241,5 milhões de toneladas e com um crescimento de 0,9%, com 2,3 milhões de toneladas em relação ao estimado em janeiro. A partir das informações da estimativa de fevereiro, Mato Grosso deverá continuar na liderança da produção nacional de grãos neste ano, respondendo por 26,9% do total, seguido, mais uma vez, por Paraná (15,9%) e Rio Grande do Sul (14,1%).

O governo Bolsonaro está preparando um pacote de medidas para tentar reduzir os efeitos da crise do coronavírus sobre as empresas e, consequentemente, sobre os empregos. O setor aéreo é uma das áreas que causam maior preocupação em Brasília. “O impacto sobre as companhias aéreas deve ser pior do que o de 11 de setembro”, afirmou um técnico do ministério de Infraestrutura, referindo-se aos atentados terroristas nos Estados Unidos em setembro 2001. De acordo com a Veja, uma das medidas propostas é a desoneração da folha de pagamentos das empresas de aviação. O objetivo é evitar que as companhias demitam funcionários, apesar da redução drástica de atividade esperada para o setor. São estudados também corte de outros tributos, como imposto de renda sobre aluguel de aeronaves, além do perdão de multas sobre cancelamento de slots (posições de aeronaves reservadas nos aeroportos). Caso sejam aprovadas, as medidas serão temporárias. O governo também vai acionar o Ministério Público, com o objetivo de avaliar a possibilidade de o Procon aprovar o adiamento do reembolso aos consumidores de voos cancelados. A medida visa conter a saída repentina de caixa das empresas do setor aéreo. A avaliação é que uma sangria de caixa pode levar as companhias à quebra. Grande parte das dívidas do setor é contraída em dólar, e a explosão da moeda americana aumenta as dívidas abruptamente. Dentro do governo, o consenso é que o setor de serviços será o mais atingido pela pandemia da Covid-19. A expectativa é que a população reduza as idas a shopping centers, a eventos, shows, e, sobretudo deixem de viajar. Praticamente todos os ministérios se reunirão ainda hoje para tentar fechar o conjunto de medidas de emergência. Parte delas deve ser enviada ao Congresso em formato de Medida Provisória. A expectativa é que o Legislativo avalie as matérias no início da próxima semana.

Governo antecipa pagamento do 13º salário para aposentados Foto: iStock/Getty Images

O Ministério da Economia anunciou nesta quinta-feira (12) a adoção de providências para minimizar os impactos da pandemia do novo coronavírus para a população. Entre as medidas anunciadas, está a antecipação, para abril, do pagamento de R$ 23 bilhões referentes à parcela de 50% do 13º salário aos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS). A pasta também anunciou a suspensão, pelo período de 120 dias, da realização de prova de vida dos beneficiários do INSS. De acordo com a Veja, essas são as primeiras decisões tomadas pelo grupo de monitoramento dos impactos econômicos da pandemia de Covid-19, que se reuniu ao longo do dia. O colegiado foi instituído pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, com o objetivo de acompanhar a conjuntura e propor medidas para mitigar os efeitos econômicos do avanço da infecção no país. O grupo é constituído por representantes de todas as secretarias especiais da pasta, sob a coordenação do secretário-executivo, Marcelo Guaranys. O colegiado monitora as áreas fiscal, orçamentária, crédito, gestão pública, questões tributárias, setor produtivo, relação federativa, trabalho e previdência. “A gente tem grandes preocupações com cadeias produtivas, verificar o que está sendo desabastecido, o que precisa de auxílio, por exemplo, com produtos hospitalares, se precisa de alguma facilidade para desembaraço aduaneiro, se precisa de alguma redução de tarifa de exportação, que medida precisa ser adotada a cada momento necessário. Estamos acompanhando, obviamente, os indicadores da economia e a necessidade de remanejamento de orçamento”, afirmou Marcelo Guaranys, ao comentar sobre como o grupo deve atuar.

Petrobras anuncia redução de 9,5% no preço da gasolina Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Na esteira da derrocada nos valores do barril de petróleo, que declinam para o patamar de 31 dólares, nesta quinta-feira, 12, a Petrobras anunciou que vai reduzir o preço da gasolina em 9,5%, ou 0,16 reais o litro, e do diesel em 6,5%, para 0,125 o litro. A redução se dará nas refinarias a partir da sexta-feira 13, e impactará todas as praças no Brasil. De acordo com a Veja, esta é a sétima vez no ano que a empresa promove reajuste em preço no litro da gasolina; e a quinta vez que altera o valor do diesel. O ajuste mais recente foi em 29 de fevereiro, quando a empresa reduziu em 4% o preço do litro da gasolina; e em 5% o valor do litro do diesel, nas refinarias. O barril do petróleo está se desvalorizando diante da guerra de preços protagonizada pela Arábia Saudita e pela Rússia. A estatal passa por um momento de desinvestimentos, com foco em ativos estratégicos, e produziu 2,32 milhões de barris por dia em janeiro, segundo dados do Painel Dinâmico da Agência Nacional de Petróleo (ANP). “O primeiro semestre do ano está perdido. Neste momento, a situação é muito complicada, muito parecida com o que vimos em 2009, na crise do subprime“, diz Adriano Pires, sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

A Câmara dos Deputados pagou R$ 11,9 milhões para custear passagens aéreas, diárias e adicionais para missões oficiais de parlamentares e servidores no primeiro ano da atual legislatura, em 2019. Esse montante é 50,3% maior que as despesas do ano anterior, quando o valor registrado foi de R$ 7,9 milhões. Os dados foram obtidos pelo G1 por meio da Lei de Acesso à Informação. O valor das despesas com missão oficial de 2019 também é 17,7% superior ao registrado no primeiro ano da legislatura anterior, em 2015. Naquele ano, foram R$ 10,1 milhões com gastos em missões oficiais. Os comparativos foram feitos com os valores já corrigidos pela inflação. As missões oficiais são viagens feitas por deputados ou servidores para participar de eventos relacionados ao trabalho do Legislativo ou a assuntos tratados na Câmara. São exemplos as viagens para participar da Audiência Parlamentar Anual da União Interparlamentar em Nova York (EUA) ou de uma reunião da Mesa Diretora do Parlamento do Mercosul em Montevidéu (Uruguai). Essas viagens precisam ser autorizadas pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e as despesas não são contabilizadas dentro do valor reservado para a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), que já garante um dinheiro mensal para gastos de deputados com passagem aérea, hospedagem, combustível, aluguel de escritório, contratação de consultoria e de serviços de segurança, entre outros.

Os analistas do mercado financeiro reduziram, pela primeira vez, a estimativa de crescimento da economia brasileira para um patamar abaixo de 2% em 2020. A redução acontece após a divulgação do resultado do PIB do ano passado, que cresceu 1,1%, e em meio aos efeitos do surto do coronavírus na economia mundial. A projeção faz parte do boletim de mercado, conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central (BC). O dado foi levantado na semana passada com mais de 100 instituições financeiras. De acordo com o boletim, o mercado financeiro baixou a previsão de crescimento para a economia brasileira em 2020, de 2,17% para 1,99%. Foi a quarta queda consecutiva do indicador. O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Para o próximo ano, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu em 2,50%.

Coronavírus pode reduzir em 15% investimentos no mundo Foto:David Dee Delgado/Getty Images

O surto de coronavírus causará redução de 5% a 15% no investimento estrangeiro direto (IEE) no mundo, em comparação às previsões anteriores, diz relatório da ONU publicado neste domingo (8). Os setores automotivos, aviação e de energia serão os mais afetados. “As revisões até o momento provavelmente são conservadoras”, disse a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). “O impacto negativo do vírus provavelmente se espalhará e aumentará ainda mais”. Das 100 empresas multinacionais supervisionadas pela UNCTAD como um barômetro econômico global, muitas estão diminuindo os investimentos nas áreas afetadas e 41 emitiram advertências sobre resultados até agora, disse a agência. De acordo com a Veja, uma amostra maior de companhias, das 5.000 principais negociadas em bolsa, apresentou previsões menores de lucro para o ano fiscal de 2020, com revisão média de 9% no último mês devido ao vírus. A indústria automotiva (-44%), as companhias aéreas (-42%) e as energia e materiais básicos (-13%) têm sido as mais afetadas, de acordo com a UNCTAD.

Bahia ultrapassa R$ 108 milhões na produção de diamantes em 2019 Foto: Lipari Mineração

A Bahia ultrapassou R$ 108 milhões na produção comercializada de diamantes em 2019, conforme dados do Informe de Mineração, divulgado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) na quinta-feira (5). De acordo com a SDE, o estado é o maior produtor de diamante do país e abriga a mina Braúna, primeira e única mina de diamantes da América do Sul desenvolvida a partir de kimberlito, rocha matriz do diamante. A Lipari Mineração é responsável pela operação dessa mina, que fica no município de Nordestina, a cerca de 354 km de Salvador. Ainda segundo a secretaria, a Bahia é o 4º maior produtor brasileiro de bens minerais. Somente em janeiro de 2020, toda produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC) atingiu R$ 333,8 milhões. O ouro foi responsável por 40% de toda produção. De acordo com o G1, ainda em janeiro, o estado ocupou a posição de maior produtor nacional de mais sete bens minerais: bentonita, cromo, magnesita, salgema, talco, urânio e vanádio, além do diamante. A pasta detalhou que as 10 cidades que mais arrecadaram em janeiro deste ano ficarão com 79% do montante. O restante da arrecadação ainda é dividido para os municípios (15%), o estado (15%) e entes da União (10%).

PIB do Brasil tem crescimento tímido de 1,1% no primeiro ano de Jair Bolsonaro Foto: Danilo Valentini/Veja

A economia brasileira mostrou, pelo terceiro ano seguido, um crescimento tímido. No primeiro ano do governo Bolsonaro, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 1,1%. O dado, divulgado nesta quarta-feira, 4, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é menor do que os de 2017 e 2018, quando a economia registrou alta de 1,3%. Em valores correntes, o PIB do ano passado totalizou 7.256,9 bilhões de reais. De acordo com a Veja, o ano de 2019 começou carregado de expectativas na economia brasileira: com a eleição do presidente Jair Bolsonaro e a agenda reformista comandada por Paulo Guedes, economistas e analistas financeiros previam crescimento na casa dos 2,5%, Porém, o avanço estimado desandou com a tragédia da Vale em Brumadinho, além do atraso das reformas. A Previdência, por exemplo, foi aprovada apenas no 4º trimestre e ainda não há avanço nas mudanças tributárias e administrativas. Crises internacionais também desestimularam o resultado brasileiro em 2019. A longa batalha comercial entre Estados Unidos e China e a crise na vizinha argentina também ajudaram a contribuir com o resultado lento. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Apesar de três anos de crescimento, o Brasil ainda não reverteu a queda do ritmo da economia tida com a recessão de 2015 e 2016, quando o país caiu 3,5% e 3,3%, respectivamente. O resultado do ano foi puxado pelo crescimento dos investimentos privados, que tiveram alta de 2,2%, além do consumo das famílias, que avançou 1,8%. Pelo lado da oferta, o destaque foi o setor de serviços, que avançou 1,3%. A recuperação do mercado de trabalho, ainda que lenta, contribuiu para os resultados. No trimestre encerrado em dezembro, a taxa de desocupação ficou em 11%, atingindo 11,6 milhões de pessoas. Mesmo com a redução do desemprego, a informalidade atingiu patamar recorde em 2019. Com as pessoas parando de perder emprego e chegando a recuperar espaço no mercado de trabalho, houve mais liberdade para o aumento dos gastos da família. A liberação pontual de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), também causou estímulo positivo no resultado.

Mesmo com lucro bilionário, bancos continuam fechando agências Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

No ano de 2019, cinco dos maiores bancos do Brasil (Itaú, Bradesco, Santander, Caixa e Banco do Brasil) tiveram um lucro de R$ 93,547 bilhões. Contudo, destes, apenas a instituição financeira espanhola abriu agências no país no ano passado: 50. Em sentido oposto, as outras quatro fecharam 807 agências no Brasil, também em 2019. As informações foram repassadas à reportagem da Tribuna da Bahia pelo Sindicato dos Bancários da Bahia. Ainda aqui no estado, conforme dados do Banco Central do Brasil (BCB), pouco mais de 43% das 417 cidades do estado possuem pelo menos uma agência bancária. A situação faz como que muitos moradores de municípios menores precisem fazer grandes deslocamentos para sacar dinheiro em localidades maiores. Assim, o dinheiro que poderia estar circulando na cidade natal, acaba sendo usado em outra região. Além disso, os prejuízos também estão refletindo entre os funcionários das instituições financeiras. “Efetivamente, nós estamos vivendo um processo de diminuição, dos postos de trabalho, redução do número de empregos e consequente precarização do atendimento à população. As diversas agências fechadas localizam-se em municípios onde só tinham uma única unidade”, afirmou Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia. De acordo com o dirigente, a situação traz um dano principalmente o comércio dessas regiões que não possuem esses pontos de atendimento. “Prejudica também a cadeia produtiva de vários ramos como serviços, indústria, agricultura, fazendo com que as pessoas precisem se deslocar longas distâncias, correndo risco de assaltos e violência. Essa redução é completamente contraditória em relação ao lucro obtido pelos bancos nos últimos anos. Nenhum setor da economia brasileira tem alcançado os números que os bancos”, criticou.

Bandeira tarifária segue verde em março e conta não terá cobrança extra

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (28) que manterá no mês de março a bandeira tarifária na cor verde, sem cobrança extra na conta do consumidor. A bandeira foi a mesma aplicada em fevereiro. De acordo com a agência, a decisão de manter a bandeira na cor verde se deve a recuperação nos níveis dos reservatórios em virtude do volume razoável de chuvas no mês de fevereiro. Segundo a agência, o volume de chuvas refletiu-se na redução do preço da energia no mercado de curto prazo (PLD) e dos custos relacionados ao risco hidrológico (GSF). O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada. Criado pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O funcionamento das bandeiras tarifárias tem três cores: verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2), que indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração. O acréscimo cobrado na conta pelo acionamento da bandeira amarela passou é de R$ 1,34 a cada 100 kWh consumidos. Já a bandeira vermelha patamar 1, o valor a mais cobrado é de R$ 4,16 a cada 100 kWh e no patamar 2 da bandeira o valor é de R$ 6,24 por 100 kWh consumidos. A bandeira verde não tem cobrança extra.

Compras com cartão no exterior serão cobradas conforme a taxa de câmbio do dia Foto: Divulgação

A partir do dia 1º de março, gastos feitos com cartão de crédito no exterior serão cobrados de acordo com a cotação do dólar equivalente ao dia, e não mais conforme a taxa de câmbio nos dias que antecedem o fechamento da fatura. A nova regra foi definida pelo Banco Central (BC) no final do ano passado e deve evitar os sustos na hora de pagar as contas. A opção de travar o câmbio para que os gastos sejam pagos de acordo com a cotação do dólar definida para o dia, não é uma novidade e já estava autorizada pelo BC desde 2016. No entanto, poucos bancos repassavam a possibilidade para o consumidor. Atualmente, o valor a ser pago na fatura é definido apenas dez dias antes do fechamento, o que deixa o consumidor sem saber ao certo qual será a taxa de câmbio utilizada para a conversão. Porém, com a nova regra, o valor em real dos gastos será equivalente a cotação do dólar no dia em que a transação for realizada, o que também pode variar entre bancos ou bandeiras de cartão, já que cada um possui a sua fórmula de cálculo. Outro detalhe importante, é que o BC também estipulou que bancos e instituições financeiras devem divulgar diariamente em seus canais de atendimento, até as 10 horas da manhã, a cotação que será aplicada para aquele dia. A medida, segundo divulgado em nota, visa combater “a reduzida possibilidade de comparação das taxas de conversão praticadas pelos emissores de cartão, o que desestimula a competição”.

Desemprego fica em 11,2% e atinge 11,9 milhões de brasileiros Foto: Agência O Globo

A taxa de desemprego no Brasil caiu no primeiro mês do ano, segundo dados da Pnad Contínua, divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE. O resultado do trimestre encerrado em janeiro foi de 11,2%, atingindo 11,9 milhões de pessoas. Houve queda de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em outubro, que serve como base de comparação para o dado atual. De acordo com o jornal o Globo, instituições financeiras ouvidas pela Bloomberg projetavam uma taxa de 11,3% para o trimestre encerrado em janeiro. Um ano antes, no trimestre encerrado no mesmo mês de 2019, a taxa havia ficado em 12%. Segundo Adriana Beringuy, analista do IBGE, a melhora no mercado de trabalho brasileiro nesse início do ano se deu por conta do aumento da inatividade, ou seja, pessoas que estão fora da força de trabalho. São pessoas que não estão trabalhando, não estão tomando providências para conseguir uma ocupação e não querem assumir uma profissão caso surja. Trata-se de um movimento sazonal em janeiro, quando há um recuo na procura por trabalho por conta de férias coletivas e escolares. Nos últimos três meses, 873 mil pessoas entraram nesse grupo que não procura emprego. Como essas pessoas não estão dentro da população que está em busca de uma oportunidade, ela diminuiu o peso na composição da taxa de desocupação, favorecendo a queda da taxa atual de 11,2%.

Contas públicas têm superávit recorde de R$ 44,12 bilhões em janeiro Foto: Agência Brasil

As contas públicas iniciaram o ano com o saldo positivo. Em janeiro, foi registrado superávit primário do Governo Central - Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – de R$ 44,124 bilhões, aumento real (descontada a inflação) de 41% em relação ao mesmo período de 2019 (R$ 30,030 bilhões). O resultado do primeiro mês do ano foi o melhor para o período já registrado pela Secretaria do Tesouro Nacional, na série histórica com início em 1997. O resultado primário é formado por receitas, menos despesas, sem considerar os gastos com juros. Neste ano, a meta para o resultado primário é de déficit de R$ 124,1 bilhões, segundo a Agência Brasil. O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, explicou que o resultado de janeiro foi “muito bom”, influenciado pela arrecadação recorde, mas ainda é cedo para dizer vai continuar assim nos outros meses do ano. “O resultado de janeiro foi muito bom, com movimento muito atípico da arrecadação. Mas não dá pra extrapolar para o resto do ano. Não dá pra saber se vai ser consistente ou não. Temos de esperar alguns meses para ver o que vai acontecer com a arrecadação, que teve um crescimento expressivo em janeiro”, disse. Em janeiro, a receita líquida (descontadas as transferências para estados e municípios) chegou a R$ 151,691 bilhões, com aumento 6,4% em relação ao mesmo mês de 2019. A despesa total caiu 3,3%, chegando a R$ 107,567 bilhões.

Juros do cheque especial caem para 165,6% ao ano, diz Banco Central Foto: Jupiterimages/Veja

Após o Banco Central impor limite aos bancos, as taxas de juros do cheque especial caíram dos 247,6% ao ano em dezembro para os 165,6% ao ano em janeiro, uma redução de 82 pontos porcentuais. Apesar da queda, os juros ficaram acima do teto estabelecido pela autoridade monetária, de 151,8% ao ano, ou 8% ao mês. De acordo com a Veja, apesar da queda, o cheque especial ainda é uma das modalidades de crédito mais caras do país, quando comparada com os juros médios para pessoas físicas. Ela é classificada como emergencial e, segundo analistas, deve ser utilizada, somente se for realmente necessário, por um período curto de tempo.

Bahia é o estado com segunda maior taxa de desemprego, diz IBGE Foto: Agência Brasil

A Bahia ocupa a segunda colocação entre os estados com maiores taxas de desemprego, com índice de 17,2%, atrás apenas do Amapá (17,4%). Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (14), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios–Contínua (PNAD-Contínua). O estado aparece na contramão do país, uma vez que a taxa média de desemprego fechou 2019 em queda em 16 estados, com menor índice em Santa Catarina, com 6,1%. Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso aparecem em seguida, todos com 8%. Em contrapartida, a população ocupada cresceu em 23 unidades da federação e, apesar da queda da taxa de desemprego e da ocupação, 20 estados tiveram taxa recorde de informalidade, isto é, os empregados sem carteiras, os trabalhadores por conta própria sem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) e os familiares auxiliares.

O número de contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) considerados inadimplentes aumentou cerca de 23% após a realização do programa de renegociação do governo federal. Em abril do ano passado, quando foram estabelecidos os prazos para estudantes devedores, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) afirmou que 567 mil contratos estavam com pelo menos 90 dias de atraso no pagamento das parcelas da dívida e se encaixavam nos critérios para aderir à renegociação. Segundo informações encaminhadas à TV Globo pelo FNDE na semana passada, em dezembro de 2019 esse número havia subido para 700 mil. Desse total, 190 mil, ou 27%, são contratos firmados por estudantes de São Paulo. Os inadimplentes do Fies representam cerca de 47% do total de 1,5 milhão de contratos atualmente na fase da amortização, ou seja, depois que o estudante já terminou o curso de graduação e já passou do período de carência, e agora precisa devolver o dinheiro emprestado em pagamentos mensais. Os valores divulgados pelo FNDE para o mês de dezembro são aproximados. O FNDE considera inadimplentes apenas os contratos que tenham a partir de 90 dias de atraso nos pagamentos. Mas, considerando todos os contratos com pelo menos um dia de atraso nas parcelas, o número de estudantes que não conseguem pagar o Fies em dia sobe para 909 mil.

Sem ter de onde tirar, Jair Bolsonaro propõe 'zerar' imposto de combustíveis Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, 5, que vai zerar tributos federais sobre os combustíveis caso os governadores topem zerar o imposto estadual que incide sobre os produtos. Nos combustíveis, há a incidência de CIDE e Pis/Cofins e os estados cobram ICMS. O presidente definiu a sugestão como um “desafio” aos governadores, enquanto saia do Palácio da Alvorado. Esse desafio, entretanto, é mais uma ideia sem futuro do presidente na área de combustíveis, já que o governo não pode abrir mão da receita gerada por esses tributos. Em 2019, a CIDE arrecadou 2,798 bilhões, enquanto o Pis/Cofins foi responsável pela entrada de 24,604 bilhões no orçamento público que, ano após ano, opera em deficit. A retirada do tributo estadual aventada pelo presidente deixaria estados, com contas públicas mais que complicadas, em situação ainda mais delicada. De acordo com a Veja, nos últimos meses, Bolsonaro vem defendendo alteração na cobrança de ICMS que incide sobre combustíveis. O presidente responsabiliza a carga tributária pelos altos preços cobrados ao consumidor nas bombas de postos. De acordo com a Petrobras, 44% do valor dos combustíveis é composto por impostos (15% federais e 29% estaduais). O custo das refinarias, o qual a estatal regula, é de 30%. O restante do preço é composto pelo custo com etanol anidro (14%) e 12% são a margem de cobrança de distribuidoras e revendas.

Novo valor do salário mínimo começa a vigorar Foto: Reprodução

Começou a vigorar no último sábado (1) o novo valor do salário mínimo. A medida provisória que fixa em R$ 1.045 o salário mínimo foi publicada no Diário Oficial da União de sexta-feira (31). De acordo com a MP, o valor diário do salário mínimo ficará em R$ 34,83; e o valor por hora, em R$ 4,75. Estimativas divulgadas pelo governo apontam que cada R$ 1 a mais no salário mínimo resulta em um aumento de R$ 355,5 milhões nas despesas públicas. Ao todo, o reajuste do salário mínimo de R$ 1.039 para R$ 1.045 terá impacto de R$ 2,13 bilhões para o governo neste ano. Isso porque o mínimo está atrelado a 80% dos benefícios da Previdência Social, além de corrigir o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego, entre outros. Além disso, há um impacto de R$ 1,5 bilhão decorrente da elevação do valor do salário mínimo em relação ao valor original enviado no Orçamento de 2020, de R$ 1.031. Até o ano passado, a política de reajuste do salário mínimo, aprovada em lei, previa uma correção pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). Esse modelo vigorou entre 2011 e 2019. Porém, nem sempre houve aumento real nesse período porque o PIB do país, em 2015 e 2016, registrou retração, com queda de 7% nos acumulados desses dois anos.

Renda do trabalhador só deve começar a crescer em 2021 Foto: iStock/Getty Images

O aperto financeiro sentindo no bolso do trabalhador durante todo o ano de 2019 foi confirmado pelos números divulgados nesta sexta-feira, 31, pelo IBGE. O rendimento médio real, descontada a inflação, ficou em 2.340 reais no último trimestre de 2019, praticamente estável, com pequena alta de 0,4%, em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).  A retomada ainda tímida da economia brasileira, a pressão da inflação no final do ano e a volta ao mercado de trabalho das pessoas que tinham desistido de procurar emprego (os chamados desalentados) impediram um ganho do rendimento. “A aceleração da inflação nos últimos meses do ano, pressionada pelo aumento dos preços das carnes, acabou corroendo o poder de compra dos salários”, afirma Daniel Duque, economista e pesquisador do FGV Ibre. Além disso, quando os desalentados voltam ao mercado, eles entram com salários mais baixos. A retomada dos salários ainda deve demorar para acontecer. “Quando a atividade econômica começar a ficar mais aquecida e o ritmo de contratações pelas empresas acelerar, aí sim, a renda poderá ensaiar uma recuperação”, afirma Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos. Mesmo que as contratações comecem nos primeiros meses do ano, elas serão ainda com salários menores. “Esse resultado de aumento do rendimento só é esperado para começar a aparecer a partir do final de 2020 e mais forte em 2021”, diz Duque.

Desemprego recua para 11% no fim de 2019, mas ainda atinge 11,6 milhões Foto: Gustavo Luizon/Veja

Pelo segundo ano seguido, a taxa de desemprego no Brasil caiu. No trimestre encerrado em dezembro do ano passado, a taxa de desocupação recuou para 11%, totalizando 11,6 milhões de pessoas sem emprego. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve redução de 520 mil pessoas desocupadas, quando a taxa ficou em 11,6%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a Veja, o aumento da informalidade foi o grande motor para a — ainda lenta — retomada nos empregos. Na média de 2019, 12,6 milhões de pessoas ficaram sem emprego (taxa de 11,9%).  A soma dos trabalhadores sem carteira assinada (trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar) – atingiu 41,1% da força de trabalho, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas, o maior contingente desde 2016, apesar da estabilidade em relação a 2018. No último trimestre do ano, entretanto, houve uma expansão no número de trabalhadores contratados com carteira assinada. Segundo o IBGE, o aumento de 1,8% no contingente de empregados no setor privado com carteira assinada, em relação ao trimestre anterior, atingindo 33,7 milhões; enquanto o número de trabalhadores sem carteira assinada permaneceu estável, com 11,9 milhões. No confronto com o trimestre de outubro a dezembro de 2018, houve expansão de 2,2% no número de trabalhadores com carteira (acréscimo de 726 mil pessoas); e de 3,2%, no de trabalhadores sem carteira representando um adicional estimado de 367 mil pessoas.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (31) que a bandeira tarifária de fevereiro será verde – ou seja, não haverá cobrança de taxa extra na conta de luz. Em janeiro, vigorou a cobrança da bandeira amarela, o que significou uma taxa extra de R$ 1,34 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Segundo a Aneel, a decisão é motivada por uma previsão mais positiva de chuvas nas regiões onde se localizam os principais reservatórios de hidrelétricas do Sistema Interligado Nacional (SIN). “A expectativa é de que ocorra recuperação mais intensa do armazenamento ao longo de fevereiro”, informou a agência. O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo de geração de energia. O objetivo é informar aos consumidores quando esse custo aumenta, e permitir que eles reduzam o uso para evitar pagar uma conta de luz mais cara.

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