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Economia
Inflação de 2021 é a mais alta em 6 anos Foto: Reprodução/Tribuna da Bahia

A inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a taxa oficial do país, fechou 2021 em 10,06%, segundo divulgou nesta terça-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os combustíveis ficaram entre os principais vilões da inflação no ano passado. Na liderança, com a maior alta de preços entre todos os itens pesquisados pelo IBGE, aparece o etanol, que ficou 62,23% mais caro. Já a gasolina subiu 47,49%, enquanto o óleo diesel teve alta de 46,04%. Com isso, os combustíveis para veículos subiram, em média, 49,02% no ano. Foram eles, por sinal, os principais responsáveis pela alta média de 21,03% nos custos com transportes em 2021. Dentro de casa, pesaram nas contas as altas de alguns alimentos, como café (+50,24%) e açúcar (+47,87%). Mas o grande baque veio mesmo dos preços do gás de botijão, que disparou 36,99%, e da conta de luz, com alta de 21,21%.

Petrobras sobe preços da gasolina e do diesel amanhã Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Petrobras comunicou nesta terça-feira (11) que os preços da gasolina e do diesel às distribuidoras serão reajustados a partir de quarta (12). Segundo a estatal, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro, o que representa um aumento de 4,85%. O valor do diesel vai subir de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro, alta de 8,08%.  último ajuste nos preços foi realizado em dezembro do ano passado, quando a Petrobras promoveu uma redução no valor da gasolina de 3,13%. Foi a primeira queda desde 12 de junho. Já o último aumento foi anunciado em outubro do ano passado.

Preço da gasolina nos postos subiu 46% em 2021, diz ANP Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O preço médio da gasolina vendida nos postos do país avançou 46% no acumulado de 2021, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (3) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O levantamento semanal da agência apontou que o preço médio do litro do combustível passou de R$ 4,517 entre 27/12/2020 a 02/01/2021 para R$ 6,618 entre 26/12/2021 a 01/01/2022. Na variação semanal, no entanto, houve queda de 0,1% no valor médio do litro da gasolina: de R$ 6.776 para R$ 6.769. O valor médio do litro do etanol, por sua vez, registrou alta de 58% no ano passado, de acordo com a ANP. O preço do combustível foi de R$ 3,180 para R$ 5,063 no mesmo período. Na semana, a queda foi de 0,31%. Entre o começo e o fim de 2021, o valor médio do litro do diesel foi de R$ 3,675 para R$ 5,336, o que representa uma alta de 45%. No mesmo intervalo, o preço médio do gás de cozinha de 13kg passou de R$ 75,29 para R$ 102, 28 - uma alta equivalente a 36%. Tanto o litro do diesel como o botijão de gás tiveram estabilidade nos preços na comparação semanal. O principal 'motor' da alta dos combustíveis em 2021 foi a desvalorização do real. No ano passado, o dólar – moeda à qual o valor do petróleo é atrelado –registrou alta de 7,47% sobre o real.

Jair Bolsonaro prorroga isenção de IPI na compra de carro para taxistas e pessoas com deficiência Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou o Projeto de Lei (PL) 5.149 de 2020 que prorroga a isenção do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de automóveis de até 2 mil cilindradas por motoristas profissionais, como taxistas e motoristas de aplicativos, e para pessoas com deficiência. A sanção foi publicada nesta sexta-feira (31) no Diário Oficial da União (DOU). A prorrogação da isenção do IPI na compra de veículos novos vale até 31 de dezembro de 2026. O benefício vale para a aquisição de veículos novos de até R$ 200 mil, incluídos os tributos incidentes. Anteriormente, esse limite era de R$ 140 mil. A isenção vale para motoristas profissionais e para pessoas com deficiência física, visual, auditiva e mental severa ou profunda e pessoas com transtorno do espectro autista. O projeto teve um trecho vetado, que ampliava a isenção para incluir acessórios que não sejam de fábrica. Hoje, apenas os acessórios e opcionais que sejam de fábrica são beneficiados pela isenção. O dispositivo foi vetado com o argumento de que não foi feito o cálculo do impacto econômico financeiro, nem foram apresentadas medidas compensatórias.

R$ 1212,00: Novo salário mínimo entra em vigor Foto: Priscila Zambotto/Getty Images

Começa a valer, a partir deste sábado (1º), o novo valor do salário mínimo no Brasil, que passa a ser de R$ 1.212. A mudança foi oficializada na sexta-feira (31), por meio de uma medida provisória (MP) assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O novo valor considera a correção monetária pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) de janeiro a novembro de 2021 e a projeção de inflação de dezembro de 2021, estimada pela área técnica do Ministério da Economia. De acordo com a Agência Brasil, no total, o aumento será de 10,18% em relação ao valor anterior, que era de R$ 1.100. Os estados também podem ter salários mínimos locais e pisos salariais por categoria maiores do que o valor fixado pelo governo federal, desde que não sejam inferiores ao valor do piso nacional. O novo mínimo altera o valor de cálculo de benefícios previdenciários, sociais e trabalhistas. No caso das aposentadorias e pensões por morte ou auxílio-doença, os valores deverão ser atualizados com base no novo mínimo. O mesmo vale para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que corresponde a um salário mínimo e é pago a idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda. Cálculos das contribuições dos trabalhadores ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também serão reajustados. Uma portaria do Ministério da Economia deverá ser publicada, nos próximos dias, com a oficialização dos novos valores.

Bahia arrecadou R$ 82 bilhões em impostos durante 2021 Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Muita gente costuma brincar que não sabe ‘se está vivendo ou só pagando imposto’, e com toda a razão: no Brasil, são cobrados quase vinte tipos de tributações diferentes, dentre as quais se destacam o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre todas as transações financeiras, e o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para os donos de veículos. Mesmo com a manutenção do cenário de pandemia, a arrecadação tributária teve bons números neste ano, e a Bahia não foi exceção. O Impostômetro, indicador criado há mais de 15 anos pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), mostrou que do começo de 2021 até o fechamento desta edição os baianos já pagaram R$ 82,9 bilhões em tributos. A capital, Salvador, representa um terço desse montante, com R$ 27 bilhões arrecadados. Ainda com informações do Impostômetro, são 151 dias de trabalho apenas para pagar os impostos, tempo que não sofreu alterações com a pandemia da Covid-19. A ACSP já tinha projetado uma melhora na arrecadação para este ano, se comparado com o primeiro ano de crise sanitária, e o motivo principal é o retorno gradativo a um nível próximo da normalidade, ocasionado pela retomada das atividades comerciais. “Além de as atividades não estarem mais tão restritivas em seu funcionamento quanto estavam no pico da pandemia, na metade deste ano, o poder público também se mexeu para arrecadar mais”, disse a entidade responsável pelo Impostômetro.

Desemprego cai para 12,1%, mas ainda atinge 12,9 milhões de brasileiros Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 12,1% no trimestre encerrado em outubro, mas a falta de trabalho ainda atinge 12,9 milhões de brasileiros, segundo informou nesta terça-feira (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da menor taxa de desemprego desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2020 (11,8%), mas ainda maior que o patamar de antes do início da pandemia de coronavírus. Apesar da queda do desemprego, o rendimento médio da população ocupada encolheu pelo 5º trimestre seguido, para uma mínima histórica. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em setembro, a taxa de desemprego estava em 12,6%, atingindo 13,5 milhões de pessoas. O resultado de veio um pouco melhor do que o esperado. A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 12,3%. “A população desocupada (12,9 milhões de pessoas) diminuiu 10,4% (menos 1,5 milhão de pessoas) frente ao trimestre terminado em julho (14,4 milhões de pessoas) e caiu 11,3% (menos 1,7 milhão de pessoas) ante ao mesmo trimestre móvel de 2020 (14,6 milhões de desocupados)”, informou o IBGE.

Materiais escolares podem ficar até 30% mais caros em 2022 Foto: Rovena Rosa/Tribuna da Bahia

Daqui a poucos dias 2022 inicia e com ele todas as despesas de começo do ano. E quem tem filhos na escola tem uma conta a mais: a compra do material escolar, que vai acompanhar a inflação e a alta do dólar. Segundo a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), o aumento pode chegar a 30%. “Para 2022, temos reajustes elevados em todas as categorias de materiais escolares, variando de 15% a 30%, em média”, afirmou o presidente executivo da ABFIAE, Sidnei Bergamaschi. De acordo com entidade, as indústrias e os importadores estão sofrendo esse ano um grande aumento de custos. “São aumentos elevados e frequentes nas diversas matérias-primas como, por exemplo, papel, papelão, plástico, químicos, embalagem, etc. Para os produtos importados, os principais impactos são a variação do dólar no Brasil, os aumentos de custos na Ásia e a elevação dos preços de fretes internacionais, decorrente da falta de containers. Além disso, as medidas antidumping para importações de lápis da China, adotadas pelo governo brasileiro este ano, aumentaram os custos na categoria de lápis”, observou Bergamaschi. O executivo afirmou que nenhum produto escapará da alta de preços. “Provavelmente todas as categorias de produtos sofrerão aumentos de preços”. E mesmo os produtos nacionais não terão tanta procura, por falta de opções. “Pode ocorrer alguma migração de volume de produtos importados para nacionais, mas em pequena escala. Para a maioria dos produtos atualmente importados, as opções de fornecimento nacional são pequenas”. Este ano foi marcado por aulas híbridas em diversos estados, e com isso muitos estudantes reaproveitaram materiais escolares de 2020. Com o avanço da vacinação e a volta às aulas totalmente presencial, pelo menos na Educação Básica, a expectativa da entidade para 2022 é cautela.

Risco de PIB negativo, inflação e juros altos dificultam retomada da economia Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O ano de 2021 termina em um cenário nada animador quando se olha para o horizonte a partir de 2022. O país não consegue crescer e está preso a uma armadilha da qual não será fácil sair no ano que começa, especialmente, com a inflação acima de 10% e os juros voltando ao patamar de dois dígitos, o que poderá colocar o país em uma nova recessão em pleno ano eleitoral. De acordo com o jornal Tribuna da Bahia, após o tombo de 4% no Produto Interno Bruto (PIB), em 2020, por conta da pandemia da covid-19, a atividade econômica iniciou 2021 com um impulso inesperado de 1,3% no primeiro trimestre, apesar da segunda onda da covid-19 e dos atrasos na entrega das vacinas no país. As estimativas de crescimento no ano chegaram a ser revisadas para mais de 5%, em alguns casos. Contudo, os meses se passaram e a retomada esperada não ocorreu em meio à inflação persistente no Brasil e no mundo e às trapalhadas do governo Jair Bolsonaro (PL) na condução das políticas econômica e monetária, que ficou mais preocupado em se reeleger a qualquer custo. O fato é que a realidade se impôs. Em meio à escalada da inflação e da deterioração das expectativas do mercado que viu que o governo não conseguiu cumprir as promessas de campanha, a atividade perdeu o fôlego e o PIB recuou 0,4%, no segundo trimestre, e mais 0,1%, no terceiro, colocando o país em um cenário de recessão técnica — quando há dois resultados negativos do PIB consecutivos. Projeções do mercado passaram a ser revisadas para baixo e, para 2022, indicam que, na melhor das hipóteses, o país poderá crescer entre 0,5% e 1%, mas o risco de novo PIB negativo não está descartado. O consenso entre os analistas é de que a atividade econômica anda de lado, e eles reconhecem que o risco de o país ficar preso nessa armadilha do baixo crescimento sem prazo determinado é considerável. Aliás, o desafio para o país crescer a partir de 2022 será ainda maior, porque o cenário macroeconômico piorou, a inflação está persistente e elevada, acima de 10% e deverá continuar neste patamar, pelo menos, até abril ou maio de 2022. Para piorar, a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 9,25% ao ano, continuará subindo no ano que vem, podendo encerrar dezembro entre 11% e 11,75% anuais.

Prévia da inflação fecha o ano em 10,42%, maior valor desde 2015 Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, subiu 0,78% em dezembro e encerrou o ano de 2021 com alta acumulada de 10,42%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (23). Esse é o maior acumulado do ano desde 2015. Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 7 apresentaram alta em dezembro. A maior variação veio de Transportes (2,31%), que encerrou o ano com alta acumulada de 21,35%. O resultado foi influenciado principalmente pelos preços dos combustíveis (3,40%). No grupo Habitação a alta foi de 0,90%, impactada pelo preço da energia elétrica. Desde setembro, está em vigor a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Segundo a Aneel, o motivo é a piora da crise hídrica, que exigiu medidas adicionais do setor elétrico para não faltar energia em outubro e novembro – os meses mais críticos do ano. Em Alimentação e bebidas, a alta de 0,35% teve contribuição individual do café moído (9,10%), além dos preços das frutas (4,10%) e das carnes (0,90%) que subiram em dezembro, após recuos do mês anterior. No lado das quedas, os destaques foram o tomate (-11,23%), o leite longa vida (-3,75%) e o arroz (-2,46%). O grupo Educação não registrou aumento. O único com queda foi Saúde e cuidados pessoais que teve variação negativa (-0,73%). Isso correu principalmente por conta dos itens de higiene pessoal (-3,34%), em particular o perfume (-9,82%), os produtos para pele (-8,70%) e os artigos de maquiagem (-4,71%).

Datafolha: 42% afirmam que economia vai melhorar em 2022 Foto: Priscila Zambotto/Getty Images

Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” mostra que 42% dos brasileiros avaliam que a situação econômica do país vai melhorar nos próximos meses. 20% acreditam que irá piorar, e 35% afirmam que ficará como está. O levantamento foi realizado entre os dias 13 e 16 de dezembro, com 3.666 entrevistas em 191 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No fim do ano passado, 28% dos brasileiros avaliavam que a economia iria melhorar em 2021, 41% acreditavam numa piora e 28% numa estabilidade.

O Brasil gerou 324.112 empregos com carteira assinada em novembro deste ano, informou o Ministério do Trabalho e da Previdência nesta quinta-feira (23). Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ao todo, segundo o ministério, o país registrou em novembro 1.772.766 contratações e 1.448.654 demissões. O resultado representa piora na comparação com novembro do ano passado, quando foram abertas 376.265 vagas formais. Porém, foi o melhor resultado mensal desde agosto deste ano, quando foram criados 275.284 empregos com carteira assinada. A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia no início do ano passado. De acordo com o Ministério do Trabalho, o resultado do emprego formal em novembro sofre influência das contratações de fim de ano no comércio, para as vendas de Natal, e também do setor de serviços. A expectativa do governo, porém, é de que em dezembro, assim como em anos anteriores, ocorram mais demissões do que contratações.

Petrobras anuncia redução no preço da gasolina nas refinarias Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (14), a redução do preço médio da venda da gasolina A para as distribuidoras de R$ 3,19 para R$ 3,09 por litro, refletindo redução média de R$ 0,10. A redução de 3% começa a valer a partir desta quarta-feira, 15. “Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço da gasolina na bomba passará a ser de R$ 2,26 a cada litro em média. Uma redução de R$ 0,07”, informou a estatal. Segundo a Petrobras, a redução é reflexo da cotação do petróleo no mercado internacional e na estabilização da desvalorização do real ante o dólar. “Esse ajuste reflete, em parte, a evolução dos preços internacionais e da taxa de câmbio, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina”, informou. O corte ocorre mais de uma semana após o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciar que a Petrobras iria fazer reajuste de preços, no último dia 5. A estatal rebateu no dia seguinte afirmando que não havia decisões sobre uma possível redução dos preços. O último reajuste praticado pela empresa foi em outubro, quando o valor da gasolina aumentou R$ 0,21, passando para R$ 3,19 o litro, e o diesel sofreu acréscimo de R$ 0,28, passando para R$ 3,34. Desde o início do ano, a gasolina sofreu acréscimo de 68% no valor cobrado aos distribuidores, passando de R$ 1,84 na virada do ano para o atual patamar. Já o diesel registrou alta de 65%.

IBGE prevê aumento de 10% na safra de grãos em 2022 no país Foto: Reprodução/Sou de Algodão

A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar 2022 com recorde 278 milhões de toneladas, uma alta de 10% em relação à produção prevista para este ano. Esse é o segundo prognóstico para a safra do ano que vem sendo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa divulgada nesta quinta-feira (9) é ainda mais otimista do que a divulgada no primeiro prognóstico, no mês passado, ao aumentar em 2,7%, ou 7,3 milhões de toneladas, a previsão para 2022. São esperadas, para o ano que vem, altas de 3,4% para a soja, 13,9% para a primeira safra do milho, 28,4% para a segunda safra do milho e de 4,3% para o algodão herbáceo. Por outro lado, são estimadas quedas de 4,2% para o arroz e de 8,5% para o trigo. A previsão é que a safra de 2022 se encerre com 25,2 milhões de toneladas a mais do que neste ano, que deve fechar em 252,8 milhões de toneladas, ou 0,5% abaixo da produção de 2020. Apesar das altas de 10,5% para a soja, de 4,9% para o arroz e de 26% para o trigo, este ano deve fechar com quedas de 14,6% para o milho e de 17,6% para o algodão herbáceo.

Renda média do trabalhador é a menor desde o final de 2012, aponta IBGE Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil

A renda média dos trabalhadores recuou 4% no 3º trimestre deste ano, em relação aos três meses anteriores para R$ 2.459, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do menor rendimento médio real (descontada a inflação) desde o 4º trimestre de 2012 (R$ 2.451). O rendimento médio real habitual dos trabalhadores considera a soma de todos os trabalhos. Foi a quarta queda seguida na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o que faz o valor se aproximar do menor nível da série história, iniciada em 2012. O movimento de retrações começou no quarto trimestre de 2020, com perda de 4%, seguido por recuos de 0,8% no primeiro trimestre e de 2,8% no segundo trimestre, destaca o Valor Online. Com a nova queda, o valor médio de renda se aproxima do menor nível da série histórica que considera apenas os trimestres padrões do calendário, de R$ 2.438, registrado no primeiro trimestre de 2012, há quase dez anos. Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, a queda do rendimento do trabalhador encolheu 11,10%. Naquele momento, a renda média era de R$ 2.766, ou seja, há uma redução de R$ 204, para os R$ 2.459.

Com aumento da gasolina, brasileiros gastam quase o dobro para percorrer o mesmo percurso Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia

O preço da gasolina vendida ao consumidor?subiu 84,1% nos últimos cinco anos. Na cidade de São Paulo, a mais populosa do País, o valor médio do litro passou de?R$ 3,40 em outubro de 2016?para?R$ 6,26 em outubro de 2021. No mesmo período, o salário mínimo foi reajustado em 25% e a?inflação acumulada?(IPCA) é de 27%. Para se ter uma ideia, em 2016 era possível viajar da Praça da Sé, em São Paulo, até a Praia do Boqueirão, em Santos, gastando pouco menos de R$ 20 em gasolina para um trajeto de 80 quilômetros. Hoje, se o consumidor abastecer o carro com o mesmo valor, irá chegar a Capivari, bairro da zona rural de São Bernardo do Campo, rodando pouco mais de 43 quilômetros. Para fazer a mesma viagem até Santos, o motorista gasta hoje cerca de R$ 36. Os preços são para um carro que roda 14 quilômetros com um litro de gasolina — média do?INMETRO?para veículos compactos e médios. O principal aumento aconteceu nos últimos 12 meses. O valor médio do litro da gasolina na cidade de São Paulo?passou de R$ 4,23 em outubro de 2020?para?R$ 6,26 no mesmo mês de 2021?— um aumento de 48%. Nesse período, a inflação acumulada é de 11,62%. Em outros municípios, o valor da gasolina é ainda mais alto. Bagé, no Rio Grande do Sul,?tem a gasolina mais cara do País. O litro do combustível custa em média R$ 7,99 na cidade, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As razões para o forte aumento, segundo especialistas, são a valorização do barril de petróleo e a depreciação do real frente ao dólar. O?preço do barril do petróleo tipo Brent passou de US$ 37 em outubro do ano passado para US$ 84 no mesmo mês deste ano. Já o valor do dólar disparou no início da pandemia e se manteve em alta, ficando na casa dos R$ 5,60 em outubro.?Em 2019, a moeda americana valia cerca de R$ 4. As informações são do Tribuna da Bahia.

Aneel prevê alta de 21,04% nas contas de luz em 2022 Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que as contas de luz terão uma alta de 21,04% em 2022, número que considera uma média nacional de reajuste. Caso confirmado, o reajuste se soma a uma série de aumentos já vistos neste ano por conta da crise hídrica, que deixou o país sob ameaça de apagão e racionamento de eletricidade. As contas de luz são reajustadas anualmente e variam conforme a distribuidora de energia. A principal causa do aumento apontado pela Aneel está nas medidas tomadas pelo governo para garantir o abastecimento de energia elétrica. O governo acionou todo o parque de usinas termelétricas do país, um tipo de geração mais cara. Além disso, realizou um programa para reduzir o consumo de energia nos horários de pico, conta que acaba caindo sobre o consumidor. “Nesse contexto, nossas estimativas apontam para um cenário de impacto tarifário médio em 2022 da ordem de 21,04%, quando avaliado todo o universo de custos das distribuidoras e incluídos esses impactos das medidas para enfrentamento da crise hídrica”, diz um memorando da Aneel ao qual o jornal o Globo teve acesso e que foi assinado no dia 5 de novembro pela Gestão Tarifária da agência. De acordo com dados do IBGE, a energia elétrica residencial já acumula uma alta de 19,13% neste ano.

Governo baiano comemora perspectiva de crescimento na safra, indústria e comércio Foto: Reginaldo Ipê/Tribuna da Bahia

Se confirmada a estimativa de 10,24 milhões de toneladas em 2021, a safra baiana de grãos terá crescimento de 3,5% na comparação com 2020. Para este ano está previsto ainda, dentre outras culturas, o crescimento nas safras de cana-de-açúcar, cacau, uva e banana. Além da produção agrícola, o Governo do Estado comemora também números positivos da economia baiana no comércio varejista, que cresceu 5,5% no acumulado do ano, e o aumento de 3,7% da produção industrial de setembro, em relação ao mês de agosto.     “A perspectiva de safra recorde de soja é a boa notícia em meio à queda na produção de grãos em algumas lavouras como algodão e milho, que foram afetadas pelas condições climáticas e de mercado. Outra boa notícia se trata da perspectiva de aumento na produção de frutas, o que nos deixa bastante satisfeitos. Mesmo que ainda tenha retração em algumas análises, os segmentos de comércio varejista e indústria apresentam sinais de recuperação. Nosso esforço é que voltem a ser pujantes”, avaliou o vice-governador João Leão, secretário do Planejamento. As informações da safra foram apuradas pelo décimo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), relativo a outubro deste ano, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e sistematizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan). 

Mexer nos preços da Petrobras pode gerar desabastecimento, diz ministro Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, manifestou nesta terça-feira (9) uma “preocupação grande” com a possibilidade de desabastecimento de combustíveis ao ser questionado em audiência no Senado sobre a hipótese de mudança na política de preços da Petrobras. De acordo com o G1, o petróleo e a valorização do dólar em relação ao real têm provocado aumentos consecutivos nos preços dos combustíveis no Brasil, e o governo sofre pressão para conter a alta. Segundo o ministro, o preço do petróleo tende a avançar mais com a chegada do inverno no hemisfério norte, que, em razão da necessidade de aquecimento, faz aumentar a demanda por gás e por outros combustíveis. Neste ano, o preço do petróleo já sofreu uma elevação de cerca de 60% no mercado mundial. Albuquerque deu as declarações em audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal.

Governo da Bahia anuncia congelamento para ICMS dos combustíveis até 2022 Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Bahia oficializou o congelamento de valores de referência para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis. A medida está no decreto assinado pelo governador Rui Costa e publicado na edição desta sexta-feira (5) do Diário Oficial do Estado. De acordo com o decreto, os valores vigentes no último dia 1º de novembro permanecerão os mesmos até 31 de janeiro de 2022. A Bahia segue a decisão dos estados, anunciada na última semana pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), de congelar por 90 dias os valores de referência para cálculo do ICMS sobre os combustíveis. O congelamento inclui o Preço Médio Ponderado a Consumidor Final (PMPF) e a Margem de Valor Agregado (MVA). Conforme informou o governo do estado, a Bahia, que não aumentou as alíquotas de ICMS para combustíveis nos últimos anos, com a iniciativa conjunta dos estados, está congelando também os valores de referência levados em consideração para cálculo do imposto a ser cobrado. Segundo o governo da Bahia, a última alteração do ICMS no estado ocorreu em março de 2016, para as alíquotas de diesel e álcool.

Salário mínimo em 2022 pode subir para R$ 1.200 Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, informou nesta semana que a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano subiu de 8,4% para 9,1%. Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.100. Com a nova previsão para o INPC no acumulado de 2021, o valor subiria para R$ 1.200,1 no ano que vem. Esse valor está R$ 31,1 acima da última proposta oficial do governo para o salário mínimo em 2022, divulgada em agosto, de R$ 1.169. De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 50 milhões de pessoas no Brasil, das quais 24 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). As informações são do G1.

Mercado financeiro estima inflação de 9,17% para este ano Foto: Reprodução

Pela trigésima vez consecutiva, a estimativa da inflação oficial no país foi de alta, alcançando 9,17% para este ano e 4,55% para 2022. A projeção é do boletim Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (1º). O documento reúne previsões de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. Nem a alta dos juros foi suficiente para segurar a estimativa do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e, pela primeira vez, o patamar é superior a 9%. Na semana passada, a previsão estava em 8,96%. O IPCA não deveria ser maior que 5,25% este ano, segundo a meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O centro da meta é de 3,75%, mas a margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo permite que o índice varie de 2,25% a 5,25%. No caso da taxa básica de juros, a Selic, principal ferramenta de controle da inflação, a projeção dos economistas é que chegue a 9,25% ao ano em 2021. Para 2022, pela primeira vez, a expectativa é de que a taxa, que atualmente está em 7,75% ao ano, fique acima de dois dígitos e alcance a marca de 10,25%. Os analistas reduziram a expectativa sobre o Produto Interno Bruto (PIB), que em 2021 deverá ser de 4,94% ao ano. A previsão é menor do que na semana passada, de 4,97%, e menor que há um mês, quando o crescimento previsto era de 5,04%. Para 2022, a projeção para o PIB também diminuiu. Os especialistas que participam da pesquisa semanal do Banco Central indicaram um crescimento do PIB de 1,20%. Para 2023, a previsão se manteve estável, com crescimento de 2,00%.

Pequenos negócios geraram 71% dos empregos até setembro Foto: Divulgação

As micro e pequenas empresas (MPE) puxaram a criação de empregos formais em 2021. Dos cerca de 2,5 milhões de postos de trabalho formais criados no Brasil de janeiro a setembro, 1,8 milhão, o equivalente a 71% do total, originou-se em pequenos negócios. De acordo com a Agência Brasil, a conclusão consta de levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. As MPE abriram 1,2 milhão de postos a mais que as médias e grandes empresas nos nove primeiros meses de 2021. Apenas em setembro, os negócios de menor porte foram responsáveis pela abertura de 72,5% das vagas formais no mês, com 227,9 mil de um total de 313,9 mil postos de trabalho criados no mês passado. Na divisão por setores da economia, somente os pequenos negócios apresentaram saldo positivo na criação de empregos em todos os segmentos. O setor com mais destaque são os de serviços, com a abertura de 103,4 mil vagas em micro e pequenas empresas de um total de 143,4 mil postos apurados pelo Caged. De acordo com o Sebrae, o avanço da vacinação contra a covid-19 tem impulsionado a recuperação do segmento. O segundo setor que liderou a criação de postos de trabalho em setembro foi o comércio, com 54,4 mil vagas em micro e pequenas empresas, de um total de 60,8 mil. Em seguida vêm indústria (37,6 mil de um total de 76,2 mil) e agropecuária (3 mil de 9,1 mil). No caso da construção civil, o saldo positivo do mês passado se deve unicamente às MPE. Os pequenos negócios geraram 27,5 mil postos de trabalho, enquanto as médias e grandes empresas fecharam cerca de 3 mil vagas.

Brasil sentirá impactos econômicos da pandemia até 2050, diz pesquisa Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Os impactos sociais e emocionais da pandemia de Covid-19 são amplamente conhecidos, divulgados e podem ser sentidos mais corriqueiramente. Mas qual a repercussão na economia das milhares de vidas perdidas? Pesquisadores da Rede Clima integraram dados epidemiológicos a um modelo econômico e identificaram que os impactos econômicos das mortes na pandemia no Brasil poderão ser observados até 2050. “Uma pessoa que faleceu aos 50 anos teria pelo menos mais 25 anos, provavelmente, de idade econômica ativa, mais um período de aposentadoria. Toda essa renda futura foi perdida”, aponta o coordenador do grupo, Edson Domingues, da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nesse sentido, ele acrescenta que também há perdas em domicílios com morte de aposentados. “No Brasil, há vários grupos familiares que dependem dessa renda”. Na modelagem econômica utilizada, o total de mortes causadas pela covid-19 foram determinantes para entender os efeitos sobre a economia. Quando o modelo foi rodado, o Brasil tinha cerca de 400 mil mortes. Hoje, o total ultrapassa 607 mil. Foram utilizados ainda dados sobre rendimento médio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). A análise envolveu ainda parâmetros médios de expectativa de vida, por região e grupos etários. Em 2050, segundo as projeções da pesquisa, os impactos mais expressivos sobre o Produto Interno Bruto (PIB) no longo prazo poderão ser percebidos no Amazonas (-1,38%) e no Acre (-1,35%). Em seguida estão Rondônia (-1,2%) e Roraima (-1,1%). Por outro lado, alguns estados conseguirão se recuperar mais rapidamente no longo prazo: Pará (0,34%), Tocantins (0,28%), Piauí (0,14%), Maranhão (0,12%), Minas Gerais (0,09%) e Espírito Santo (0,03%). “A pandemia teve impacto, obviamente, de curto prazo, com o fechamento do comércio, da indústria, de serviços, a perda dos deslocamentos, perdeu-se produção e emprego nos anos de 2020 e 2021. Isso é notório. Mas esse impacto de longo prazo, das fatalidades, é uma coisa pouco falada e muito pouco estudada”, explica o professor da UFMG. As informações são da Agência Brasil.

Governo e estados congelam ICMS sobre combustíveis por 90 dias Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), formado pelo governo e representantes dos estados, aprovou nesta sexta-feira (29) o congelamento por 90 dias do chamado “preço médio ponderado ao consumidor final”. É sobre esse preço médio que incide o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual cobrado nas vendas de combustíveis. A medida ocorre em meio à forte alta dos combustíveis, provocada pelo aumento do petróleo no mercado internacional e pela disparada do dólar - fatores levados em conta pela Petrobras para calcular o preço do nas refinarias. Nesta semana, a Petrobras anunciou um novo reajuste no preço da gasolina e do diesel para as suas distribuidoras. O aumento foi de 7,04% para o litro de gasolina nas refinarias e de 9,15% para o diesel. Segundo o governo, o objetivo do congelamento do preço médio ponderado, sobre o qual incide o ICMS, é tentar manter os preços nos valores vigentes em 1º de novembro de 2021 até 31 de janeiro de 2022. A medida, segundo os representantes dos estados, “visa reduzir o impacto dos aumentos impostos pela Petrobras e dar tempo para se pensar em uma saída para os reajustes consecutivos”.

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