O prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (PSB) ameaçou cortar os dias dos professores que estão participando do movimento grevista contra a PEC 287, que trata da Reforma da Previdência. Em nota, a APLB/Sindica informou que já havia notificado à prefeitura quanto à paralisação e adesão dos professores ao movimento, mas não obteve resposta. Segundo o sindicato, a administração está apenas tentando retaliar os educadores com o comunicado do desconto em folha pelos dias de paralisação. Em resposta, o sindicato disse que, caso sejam descontados os dias não trabalhados, o prefeito estará prejudicando não apenas a categoria, mas também os estudantes que não terão a reposição das aulas, e ainda incorre no risco de ser acionado por improbidade administrativa. “O desrespeito ao calendário escolar gera improbidade administrativa para o gestor responsável, assim como é passível de ação civil pública”, destacou o órgão. 

O retorno de Eduardo Vasconcelos à prefeitura reacendeu uma antiga queda de braço entre o gestor e os professores da rede municipal de ensino. Desta vez, está em pauta: as tentativas do prefeito de anular a representação sindical da APLB, a implantação da escola de tempo integral e o desconto do ponto por falta dos educadores às salas de aula durante os dias de greve. O impasse perdura desde a primeira administração do gestor, no período de 2004 a 2012, quando houve muita discussão entre as partes, a ponto de o prefeito mandar os professores “sentarem em um formigueiro”. Durante esta semana, haverá uma série de manifestações dos sindicalistas e dos professores.