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O desemprego ficou em 10,2% no trimestre encerrado em fevereiro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o maior índice da série, iniciada em 2012. Pela primeira vez, a taxa da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Contínua (Pnad Contínua) atinge dois dígitos. O índice ficou bem acima do registrado no mesmo período de 2015, quando chegou a 7,4%. A população desocupada somou 10,4 milhões de pessoas e também atingiu o maior patamar desde o início da Pnad. Esse indicador mostrou forte alta, principalmente na comparação com o mesmo período de 2015, quando o contingente subiu 40%. Diante do trimestre de setembro a novembro, o avanço foi menor, de 13,8%. Por outro lado, a população ocupada mostrou queda próximo de 1% nas duas bases de comparação ao chegar a 91,1 milhões. A quantidade de empregos com carteira assinada no setor privado sofreu diminuição de 1,5% sobre o trimestre de setembro a novembro de 2015 e de 3,8% na comparação com igual trimestre do ano anterior. As maiores quedas partiram da indústria geral (-5,9%) e do setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (-2,5%). O rendimento médio de quem estava trabalhando no período foi de R$ 1.934. Sobre o trimestre de setembro a novembro, o valor não variou, mas em relação ao trimestre de dezembro a fevereiro do ano passado, o rendimento caiu 3,9%.

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