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Na cadeia, ex-goleiro Bruno carrega as chaves da própria cela
Foto: Sérgio Dutti

No município de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, há um presídio que só recebe condenados que cumprem pena em regime fechado. A penitenciária abriga hoje 175 homicidas, assaltantes, estupradores e traficantes, a maioria com mais de 18 anos de cadeia. Não há policiais, carcereiros ou seguranças armados. Quem vigia todas as portas da penitenciária, das galerias e das celas são os próprios detentos. Não há guaritas de vigilância. O presídio é administrado pela Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac). De acordo com a Veja, a penitenciária abriga hoje um dos detentos mais famosos do país. Bruno Fernandes, ex-goleiro do Flamengo, condenado a 22 anos e 3 meses de reclusão pelo assassinato da modelo Eliza Samudio, carrega as chaves da própria cela e trabalha vigiando os demais detentos. Todos os presos passam o dia fora das celas, nas oficinas e no pátio. Os presos fazem cursos como marcenaria, padaria, jardinagem, informática e pintura. Todos estudam: 90 condenados fizeram o Exame Nacional Ensino Médio (Enem) neste ano. Há biblioteca, ‘DVDteca’, computadores e internet para curso superior à distância. O ex-goleiro Bruno carrega todas as chaves das celas de um bloco com duas galerias. Desde que chegou à unidade, há um ano e quatro meses, o goleiro fez seis cursos, incluindo os de soldador, jardineiro e pedreiro.

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