Professores e a APLB/Sindicato sofreram a primeira derrota para o prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (PSB) na Câmara de Vereadores, onde o Projeto de Lei 004/2017, que propõe a rejeição da instituição sindical como representação da categoria no município, foi aprovado. Em sua justificativa, o gestor disse que os professores fazem parte do quadro dos servidores públicos do município e, por isso, reconhece apenas o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brumado (Sindsemb) como instituição representante da categoria. Mesmo com representantes jurídicos da APLB e do Sindsemb utilizando a tribuna livre e explicando que o gestor não pode escolher pela categoria qual sindicato deve lhes representar, a votação contou com sete votos favoráveis e cinco contrários. “O prefeito pretende sufocar a APLB e depois vai querer nos sufocar também no intuito de enfraquecer as negociações em defesa dos direitos dos servidores públicos. O Sindsemb não comunga com esse projeto que fere os direitos dos servidores públicos. Somos sindicato e vamos marchar juntos nessa causa. Caso esse projeto seja aprovado, estarei pessoalmente no Ministério Público acionando o prefeito e os vereadores que o aprovaram por improbidade administrativa”, declarou o advogado do Sindsemb. 

Membro da diretoria executiva da APLB estadual, Marcelo Araújo argumentou em entrevista ao site Brumado Notícias que o projeto é inconstitucional e agride a lei trabalhista. Ele acusa os vereadores aliados de estarem sendo coagidos pelo prefeito. “Quem tem a competência para dizer se o sindicato pode representar a categoria ou não é o colegiado dos professores e o Ministério do Trabalho (MT). Os professores atestam a adesão ao sindicato e o MT reconhece a nossa representatividade, dessa forma, vamos recorrer desse projeto, pois os próprios vereadores que votaram sequer se pronunciaram para expor conhecimento de causa, mostrando que estão coagidos pelo comandante do executivo”, pontuou o sindicalista. 

Por conta do clima tenso durante a sessão, a professora Joelma Machado passou mal e precisou ser socorrida pelo Samu 192 ainda na praça da câmara. Em seguida, ela foi encaminhada ao Hospital Professor Magalhães Neto. Uma professora teve uma alta na pressão, mas se recupera bem. O projeto continua em tramitação no legislativo e retorna para segunda votação na próxima sessão. Durante esta semana, os sindicatos voltam a se mobilizar com o objetivo de convencer os vereadores a mudarem seus posicionamentos.